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Governo do Estado apresenta programa de ATER Indígena na 54ª Expofeira do Amapá

A iniciativa, coordenada pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), tem como objetivo fortalecer as comunidades indígenas do estado por meio do apoio a atividades produtivas e culturais.

Por Cristiane Mareco
04/09/2025 09h30

O Governo do Estado apresentou e debateu na 54ª Expofeira a execução do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Indígena. A iniciativa, coordenada pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), tem como objetivo fortalecer as comunidades indígenas do estado por meio do apoio a atividades produtivas e culturais.

O programa busca promover segurança alimentar, autonomia comunitária e desenvolvimento sustentável, com valorização dos saberes e conhecimentos tradicionais dos povos indígenas. A execução do ATER Indígena é resultado de um Instrumento Específico de Parceria (IEP) firmado entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e o Rurap.

A ação, intitulada ATER Socioambiental para Famílias de Povos Indígenas do Oiapoque/AP, atende cerca de 400 famílias em 65 aldeias das Terras Indígenas Uaçá, Galibi e Juminã, abrangendo os povos Karipuna, Galibi Marworno, Palikur Arukwayene e Galibi Kali’na.

O projeto surgiu a partir de uma demanda do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) à Anater, como resposta ao combate da “praga da mandioca” ou “vassoura de bruxa”, causada pelo fungo Rhizoctonia theobromae e identificada com apoio da Embrapa Amapá. A proposta prevê um modelo pioneiro de assistência técnica, com uso de tecnologias sustentáveis e fortalecimento da autonomia produtiva das comunidades.

Fortalecimento da agricultura indígena

Durante a apresentação, o diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, destacou o histórico do Oiapoque como referência na produção de mandioca e ressaltou os desafios atuais do setor.

“O Oiapoque sempre foi referência na produção de mandioca, com um dos maiores bancos genéticos do estado e destaque na fabricação de farinha, ao lado de regiões como Amazagã, Pacuí, Maruanum e Garapé do Lago, que abastecem o Amapá e até exportam para fora do país. Hoje enfrentamos um grande desafio, mas estamos trabalhando de forma organizada, planejando ações e buscando recursos para fortalecer a produção", explicou.

A prioridade é dar respostas concretas às comunidades: o agricultor e o indígena querem clareza sobre o que será feito. Com apoio da pesquisa, buscamos novas variedades de mandioca tolerantes à doença para garantir alimento e renda. Enquanto isso, seguimos atuando com tecnologia para monitorar áreas afetadas e preparar um plano robusto de campo.

O Rurap está reforçando sua estrutura, com novos veículos, equipamentos e orçamento direcionado para garantir que nossa equipe atue de forma efetiva em todo o estado. O desafio é grande, mas seguimos firmes na missão de apoiar o produtor e construir soluções sustentáveis para a agricultura amapaense.

O diretor financeiro da Anater, Camilo Capiberibe, enfatizou o esforço coletivo para viabilizar o programa.

“A proposta que deu origem ao plano de trabalho foi elaborada pelo Rurap, que demonstrou capacidade técnica e compromisso para executar políticas públicas estratégicas no estado. Estamos juntos para fazer essa política chegar ao território, superar a crise e devolver a autonomia alimentar às comunidades”, ressaltou.

Já o presidente do CCPIO, Edmilson Oliveira, ressaltou o impacto do projeto para os povos indígenas do Oiapoque.

“Esse programa traz esperança de fortalecer nossa produção, proteger nossos saberes e garantir alimentação saudável para as aldeias. Queremos trabalhar junto com o governo e os parceiros para superar desafios, como a praga da mandioca, e avançar na autonomia dos povos indígenas do Oiapoque.”

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