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EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

Nova Escola Estadual Joaquim Manoel marca avanço da educação quilombola na comunidade do Ambé, em Macapá

Reconstrução da unidade inclui sala de Atendimento Educacional Especializado, alojamento para professores e vai atender mais de 70 alunos da região.

Por Breno Pantoja
16/07/2025 16h01
Além de atender o Ambé, a escola beneficiará estudantes das comunidades vizinhas

A reconstrução da Escola Estadual Quilombola Joaquim Manoel, localizada na comunidade do Ambé, zona rural de Macapá, está prestes a se tornar realidade. Com 90% das obras concluídas, a unidade está prevista para ser entregue no dia 16 de agosto, durante a tradicional festividade de São Roque. O investimento é de R$ 1,5 milhão, com recursos do Governo do Amapá. A Coordenadoria de Educação Específica (Ceesp) da Secretaria de Estado da Educação (Seed) realizou uma visita técnica para acompanhar o andamento das obras na Instituição. 

A nova estrutura contará com quatro salas de aula, sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), laboratório de informática, biblioteca, cozinha, refeitório, área de vivência e alojamento para os professores do sistema modular, que atuam em regime alternado nas comunidades. A escola atenderá 76 estudantes do ensino fundamental 1 e ensino médio modular, com perspectiva de expansão para os anos finais do fundamental.

A nova estrutura contará com quatro salas de aula, sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), dentre outros

Um marco na história da comunidade

O coordenador de Educação Específica da Secretaria de Estado da Educação (Seed), professor Emerson Ramos, destaca que a reconstrução da Joaquim Manoel representa um marco para o povo quilombola do Ambé e comunidades vizinhas.

Emerson Ramos, coordenador de Educação Específica da Seed

“Essa construção é muito mais que uma obra. É o resultado de anos de luta da comunidade e um compromisso direto do governador Clécio Luís e da secretária Sandra Casimiro com a reparação histórica dos povos tradicionais. A nova escola melhora a estrutura para alunos, professores e servidores, e é um passo importante para ampliarmos os níveis de ensino na região”, afirmou Ramos.

Além de atender o Ambé, a escola beneficiará estudantes das comunidades vizinhas como Ilha Bela, São Pedro dos Bois, Pedreira e Peixe Boi. O coordenador também reforçou que esta é a segunda escola totalmente reconstruída em território quilombola pela atual gestão.

“Essa escola representa um marco na história da educação quilombola. Com o alojamento, damos condições para o professor permanecer na comunidade e oferecer um ensino contínuo. Com estrutura, a gente amplia as possibilidades e constrói um futuro mais justo”, completou o coordenador.

Nova unidade de ensino também vai contar com alojamentos para professores

Escola inclusiva e segura

Para a dona de casa Daniele dos Santos, moradora do Ambé e mãe da aluna Letícia Gabrielly, de 8 anos, com hiperatividade e atendida pelo AEE, a nova escola representa mais inclusão e qualidade no ensino.

“A estrutura superou todas as nossas expectativas. Ver que teremos uma sala específica para crianças com necessidades especiais é uma vitória. Nem toda escola oferece isso. Essa reforma era aguardada por toda a comunidade, tenho certeza que a educação realmente vai melhorar em nossa comunidade", relatou Daniele que é moradora da comunidade há 4 anos.

Daniele Santos e a filha e futura estudante da Escola, Letícia Gabrielly

Além da estrutura, a obra gera emprego e renda para moradores da comunidade, que integram a equipe de trabalho, o que movimenta a economia local.

Educação quilombola com política e estrutura

A unidade receberá uma pintura com estética quilombola, evidenciando o respeito à identidade cultural e a valorização das raízes das comunidades atendidas. A reconstrução da Joaquim Manoel também integra o conjunto de ações ligadas à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), programa do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), que foi instituída pela Portaria n. 470 de 14 de maio de 2024.

“O governador abraçou essa política e nós montamos a estrutura de governança com o Núcleo de Educação Étnico-Racial. Além da parte pedagógica e financeira, a infraestrutura é essencial. Estamos formando mais de 160 quilombolas na primeira graduação específica em educação quilombola do país. Mas isso só se sustenta com qualidade nas escolas. E essa obra é parte disso”, finalizou o coordenador.

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ÁREA: Educação