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Governo do Amapá vai sancionar nova fonte de receita a partir de créditos florestais

Denominado Programa Tesouro Verde, o projeto de lei já está autorizado pelo Legislativo amapaense. Lei é baseada no Novo Código Florestal Brasileiro.

Por Redação
12/06/2018 17h40

Baseado no Novo Código Florestal, projeto propõe criação de créditos de natureza jurídica, vinculados às riquezas florestaisBaseado no Novo Código Florestal, projeto propõe criação de créditos de natureza jurídica, vinculados às riquezas florestais

O governo do Estado conseguiu a aprovação necessária para legalizar uma nova fonte de receita, compensatória, gerada a partir da preservação das florestas amapaenses. A nova lei, que cria o Programa Tesouro Verde e deve ser sancionada nos próximos dias, já está autorizada pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap).

Baseado no Novo Código Florestal Brasileiro, o projeto aprovado propõe a criação de créditos de natureza jurídica, vinculados às riquezas florestais do Estado. A exemplo dos já conhecidos créditos de carbono, esses novos ativos ambientais poderão ser negociados no mercado financeiro.

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Josenildo Abrantes, a nova legislação vai permitir que o governo estabeleça mais um componente na matriz econômica do Estado, para que as riquezas naturais comecem a dar retorno social e financeiro.

Para o secretário, o Amapá possui um alto potencial para a dinâmica da economia verde em função da conservação de suas florestas, que, ao contrário de outros estados amazônicos, não sofrem com desmatamentos.

“Além de evitar as emissões de carbono, o Amapá também possui outros ativos ambientais nas suas florestas, que podem ser preservados e, ainda assim, trazer retorno social para a população. Temos um Tesouro Verde e precisamos converter em receitas para serem aplicadas em benefícios para o povo”, analisou Abrantes.

Segundo ele a nova base econômica vai funcionar, também, com a recuperação de ativos ambientais do estado. Abrantes destacou que a criação da nova lei está em sintonia com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, fórum da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o Brasil é signatário.

Compensação

O secretário da Fazenda ressaltou que o Tesouro Verde possui natureza fiscal compensatória. É uma das medidas adotadas pelo governo para não prejudicar a arrecadação do tesouro estadual com a redução da carga tributária do Imposto sobre Circulação de Mercados e Serviços (ICMS), de 25% para 17%, sobre óleo diesel e lubrificantes, obtida pelo governo amapaense no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no último dia 29 de maio. É uma medida prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Tesouro Verde

Segundo o projeto aprovado, somente serão validados os créditos certificados por instituições do ramo ambiental, com credibilidade internacional. Elas irão atestar, por meio de documentos comprobatórios, a existência dos bens ambientais. Uma vez comprovado o patrimônio ambiental e a propriedade dele, as instituições irão quantificar e dar valor ao crédito, que, assim, estará pronto para ir ao mercado financeiro.

O texto aprovado assegura que as negociações dos ativos devidamente certificados deverão obedecer às Diretrizes Legais de Finanças Públicas e Privadas. Essas operações financeiras com créditos relativos às florestas amapaenses somente serão realizadas no ambiente eletrônico da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), órgão que vai coordenar o Programa Tesouro Verde.

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ÁREA: Fazenda