Governo do Amapá promove Feira Temática e Cultural 2025 na Escola Maria de Nazaré, com destaque para diversidade, equidade e justiça climática
Mostra pedagógica e cultural apresentou pesquisas sobre moradia, saneamento, desmatamento e preservação ambiental.
O Governo do Amapá promoveu a Feira Temática e Cultural (Fetec) 2025, reunindo cerca de 1 mil estudantes em uma grande mostra de projetos sobre diversidade, equidade e justiça climática. Exposições, maquetes, experimentos, apresentações culturais e salas temáticas foram organizadas na Escola Estadual Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, nesta quinta-feira, 27, abordando questões como vulnerabilidade social, moradia e saneamento básico, segurança alimentar, populações rurais e comunidades costeiras.
A feira, em Macapá, encerrou as atividades pedagógicas do ano, mobilizando toda a comunidade escolar e moradores do bairro. O formato chega para substituir a antiga mostra pedagógica, oferecendo uma visão mais ampla e cultural das práticas educativas.
“A Fetec é a culminância de todos os nossos projetos. É a nossa feira cultural e expositiva. Aqui são apresentados todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano. O tema deste ano é justiça climática, diversidade e segurança, e os temas foram divididos entre os três turnos da escola”, disse Rita Duarte, diretora da unidade educacional.
Segundo a gestora, os professores trabalharam intensivamente nos últimos 15 dias para organizar as atividades.
“Os professores organizaram vídeos, danças, exposições e atividades interativas. Todas as salas estão temáticas e prontas para receber a comunidade e mostrar o trabalho dos alunos”, compartilhou.
Trabalhos refletem a realidade local
Na sala temática sobre vida nas palafitas, a professora de Língua Portuguesa Marcione Dias apresentou o projeto desenvolvido com sua turma do 7º ano do fundamental, que retrata a cultura ribeirinha e as condições de moradia no bairro das Pedrinhas. Relatos, desenhos, maquetes e propostas de melhoria para a comunidade foram apresentados.
“A intenção é trazer a realidade dos alunos para dentro da sala de aula e mostrar isso para a comunidade. A maioria mora nessa região, vive os desafios das palafitas. Eles falam com propriedade, porque conhecem essa realidade”, frisou a professora.
Em outra sala temática, o professor Fábio Oliveira, do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também apresentou um projeto de consciência ambiental e preservação, utilizando jogos pedagógicos feitos de material reciclado. Entre os destaques, um jogo da velha com LEDs, adaptado para alunos com baixa visão.
“Usamos restos de MDF, fios de televisão, LEDs e conectores de fone de ouvido. Além de ser acessível, o jogo trabalha raciocínio lógico, visão espacial e outras habilidades, aprendendo de forma lúdica”, explicou.
O professor Edson conduziu uma exposição sobre erosões e o fenômeno das terras caídas, problema recorrente no Amapá. A sala apresentou maquetes, jogos e materiais explicativos preparados pelos próprios estudantes.
“Queremos conscientizar sobre como construções feitas de forma equivocada, especialmente em áreas de risco, provocam acidentes e perdas. Mostramos por que muitas casas caíram no passado e a importância de preservar a vegetação”, afirmou.
Pesquisas sobre desmatamento e saneamento
A estudante Beatriz da Silva Freitas, do 9º ano, detalhou o projeto sobre desmatamento, destacando causas e consequências, além de ações preventivas.
“Desmatamento é a remoção de vegetação nativa. As causas vão de queimadas à mineração e urbanização. As consequências incluem inundações, tempestades e secas. É importante promover educação ambiental e consumo consciente”, pontuou a aluna.
Outro aluno, Wesley Rodrigues, apresentou maquetes sobre saneamento básico e urbanização, comparando passado e presente.
“Mostramos como era antigamente e como melhorias como limpeza, pavimentação e construção de áreas públicas transformam a vida das pessoas. Antes era tudo lixo, sem água. Hoje está melhorado”, relatou.
A aluna Helena Borges integrou a equipe que desenvolveu uma maquete de irrigação solar, mostrando como a energia limpa pode ser aplicada na agricultura.
“A intenção é mostrar como a irrigação solar funciona. Usamos isopor, EVA, garrafa PET, papelão, palitos e até massa de modelar para reproduzir as plantações. A energia vem de pilhas ligadas à placa solar da maquete”, explicou.
Universitários da Unifap participam com Jardim Sensorial
Estudantes do curso de Ciências Biológicas da Unifap também marcaram presença com um Jardim Sensorial, feito para estimular tato, olfato e percepção espacial dos visitantes, especialmente alunos atendidos pelo AEE.
“Trouxemos plantas como boldo, hortelã e alecrim, além de áreas com pedras, areia, serragem e caroço de açaí. Isso ajuda os estudantes a reconhecer diferentes texturas, aromas e sensações”, destacou a universitária Gabriela Cristina, junto com os colegas Walmir junior e
Paloma Oliveira.
Os estudantes foram avaliados na Fetec pela produção dos materiais, exposição dos conteúdos, assiduidade, participação e organização dos espaços após a feira.
O Governo do Amapá reforça que iniciativas como esta fortalecem a formação crítica, científica e cultural dos estudantes, ampliando o protagonismo juvenil e estimulando projetos que dialogam diretamente com os desafios e potencialidades da realidade amazônica.
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