Governo do Amapá reforça controle prisional com a 9ª fase da Operação Mute
Ação aconteceu na Unidade Prisional José Éder e contou com cerca de 50 agentes que realizaram revista minuciosa, que verificou celas, objetos, condições de infraestrutura e busca de aparelhos celulares.
O Governo do Amapá, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, realizou nesta terça-feira, 25, mais uma edição da Operação Mute. A nona ação ocorreu simultaneamente nos 27 estados brasileiros sob a supervisão da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e, no Amapá, é coordenada pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
A operação foi conduzida pela Diretoria da Polícia Penal, com apoio do Grupo Tático Prisional (GTP) e policiais da própria Unidade Prisional José Éder, onde ocorreu a operação. Cerca de 50 agentes participaram da revista minuciosa, que verificou celas, objetos, condições de infraestrutura e busca de aparelhos celulares que, comprovadamente, se utilizados pelas facções criminosas dentro do sistema prisional, se tornam ferramentas para o cometimento de delitos que, consequentemente gera avanço da violência nas ruas.
De acordo com o diretor-adjunto do Iapen, Cézar Delmondes, a operação tem caráter integrado e estratégico. Segundo ele, a iniciativa possui dois importantes viéses: o repressivo, que busca identificar e retirar objetos ilícitos das unidades prisionais, e o preventivo, que simboliza a presença ativa do Estado no combate ao crime. Delmondes destacou que, na Unidade Prisional José Éder, referência no enfrentamento a facções criminosas, o resultado mais uma vez foi positivo.
“Felizmente, em todas as edições realizadas na 'José Eder', sempre logramos êxito em não encontrar nenhum objeto ilícito. Isso mostra a eficiência do nosso controle interno e o comprometimento da Polícia Penal com os protocolos de segurança”, afirmou o gestor.
Unidade referência no combate ao crime
O diretor-adjunto ressaltou que a Unidade José Éder foi concebida para abrigar lideranças criminosas e impedir comunicações ilegais implementando um novo padrão de segurança no sistema prisional do Amapá, além de garantir a assistência aos custodiados, como educação, saúde, assistência jurídica e trabalho.
“Com o uso de celulares, essas lideranças podem causar danos profundos à sociedade. Desde a inauguração, em 2023, não registramos apreensão de celulares, graças ao trabalho intenso da Polícia Penal e à execução rigorosa dos protocolos operacionais”, explicou o diretor.
Ele destacou ainda que esse controle reflete diretamente nos indicadores de segurança pública do estado influenciando diretamente na diminuição dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), fato destacado nos indicadores apresentados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no ano passado, registrando a redução de 33,04%, no comparativo de janeiro a dezembro de 2023 e 2024.
“Vivemos o melhor índice de segurança da história do Amapá. A redução de crimes violentos, furtos e roubos está ligada também ao controle das nossas unidades prisionais. É um trabalho integrado entre todas as forças de segurança”, destacou Delmondes.
Resultados no Cadeião e projeção para 2026
Os avanços também se estendem ao Cadeião, unidade que historicamente apresentava maior vulnerabilidade à entrada de ilícitos.
“Tivemos uma redução de 60% na apreensão de celulares em 2025. Isso é resultado direto da criação da nossa central de videomonitoramento, da implantação de novos protocolos e da responsabilização de agentes corruptos que tentaram fragilizar nossas defesas”, explicou Cézar.
O diretor-adjunto afirmou que a meta para o próximo ano é ainda mais ousada: “Em 2026, nosso objetivo é zerar o número de apreensões de ilícitos em todas as unidades prisionais do Amapá. Estamos no caminho certo e os resultados já são muito expressivos”, concluiu.
Reconhecimento nacional
O trabalho realizado no estado também tem sido projetado nacionalmente. O governador do Amapá participou recentemente, em Brasília, de uma audiência da Comissão Especial que analisa a PEC da Segurança Pública, levando o modelo de atuação do estado como referência para outras unidades da federação.
A Operação Mute segue ocorrendo periodicamente e será estendida às demais unidades prisionais do Amapá, reforçando o compromisso contínuo do Governo do Estado no enfrentamento ao crime e na manutenção da segurança pública.
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