Governo do Amapá promove reflexão e valorização da cultura afro-brasileira no Sarau da Consciência Negra da Escola Zolito Nunes
Evento marcou o encerramento do Projeto Sarau Afro Amapaense em 2025, com apresentações culturais, exposições e ações educativas sobre combate ao racismo e ancestralidade negra.
A Escola Estadual Zolito Nunes realizou nesta quarta-feira, 19, a culminância do Projeto Sarau Afro Amapaense, uma iniciativa iniciada no segundo semestre e apoiada pelo Governo do Amapá para fortalecer a educação antirracista e valorizar a cultura afro-brasileira. O evento ocorreu em alusão ao Dia da Consciência Negra e reuniu estudantes, professores e comunidade em uma programação voltada à reflexão, ao respeito e à celebração da identidade negra.
O sarau apresentou produções artísticas desenvolvidas ao longo de meses pelos alunos, incluindo paisagens, esculturas, pinturas, teatro, capoeira e expressões que remetem à luta, à resistência e à ancestralidade do povo negro. As exposições também destacaram personalidades negras como cientistas, artistas, celebridades e representantes da cultura amapaense, mostrando o papel da escola na promoção da igualdade racial.
Para o diretor da unidade, Gïbson da Silva, o projeto simboliza um avanço importante no compromisso pedagógico da escola.
“Esta culminância representa uma grande vitória. Nossos alunos conseguiram mostrar, por meio da arte e da cultura, a realidade e a importância da Consciência Negra para nossa comunidade. Trabalhar esse tema dentro da escola é essencial para fortalecer valores de respeito e reconhecimento da trajetória do povo negro”, ressaltou.
O coordenador do projeto, professor Mateus Pontes, explicou que a produção do sarau começou em agosto e envolveu, majoritariamente, estudantes do turno da noite, com participação especial de alunos dos turnos da manhã e tarde. Ele destacou ainda que grande parte das obras foi produzida pelos alunos do EJA, em parceria com a disciplina de Artes.
“O projeto foi idealizado pensando no cumprimento da legislação específica e no compromisso com uma educação antirracista. Trabalhamos o tema de forma interdisciplinar, todos os professores, de algum modo, articularam seus conteúdos com essa proposta. Tivemos pinturas, esculturas, desenhos e homenagens a personalidades negras do Amapá. O tema deste ano, ‘Ancestralidade Negra Amapaense’, trouxe para o centro do debate manifestações como o marabaixo, que inspiraram toda a produção”, explicou.
Mateus também destacou o apoio dos estudantes de Artes Visuais da Unifap.
“Essa parceria enriqueceu ainda mais o projeto. As obras foram atravessadas pela temática do antirracismo e da arte amapaense, remetendo à ancestralidade do nosso povo e aos símbolos e cores da África. Queríamos não apenas homenagear, mas celebrar o Dia da Consciência Negra como um momento de conscientização e de fala sobre questões raciais. O projeto reafirma nosso compromisso com uma educação verdadeiramente antirracista”, concluiu.
A aluna Maria Lúcia, do 9° ano, também comentou sobre a experiência de participar do evento.
“Foi muito especial apresentar e aprender mais sobre a história e a cultura do povo negro. A escola se torna um lugar mais acolhedor quando a gente tem a oportunidade de falar sobre respeito, combate ao racismo e sobre quem nós somos. Vou levar esse aprendizado para a vida inteira”, afirmou.
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