Desfile de moda afro marca a 5ª noite do 30° Encontro dos Tambores no Amapá
A 2ª edição do projeto "Afro Fashion" com o tema "Amazônia Negra" levou à passarela, a produção de 10 criadores de moda afro-amapaenses.
A 5ª noite do 30° Encontro dos Tambores no Amapá foi marcada por beleza, identidade e representatividade com a realização da segunda edição do projeto “Afro Fashion”, que trouxe para a passarela o tema “Amazônia Negra”. A ação, que integra a programação oficial do evento apoiado pelo Governo do Estado, apresentou criações de 10 estilistas negros amapaenses, valorizando a estética afro-amazônica e o protagonismo de artistas locais.
Idealizado pela ativista Mirreth Karoliny, o projeto ganhou força nesta edição ao investir não apenas no desfile, mas também na formação profissional dos participantes. Antes de subir à passarela, todos os modelos passaram por uma capacitação que incluiu aulas de passarela, noções de fotografia, letramento racial, workshop para pele negra e outros conteúdos voltados à preparação para o mercado de trabalho.
“O Afro Fashion nasceu para abrir portas. Queremos que nossos estilistas e modelos se enxerguem como profissionais potentes, capazes de ocupar espaços dentro e fora do Amapá. Esta edição, com o tema Amazônia Negra, reafirma que nossas raízes têm lugar de destaque na moda brasileira”, destacou Mirreth Karoliny, idealizadora do projeto.
Entre os modelos participantes do desfile, o sentimento era de orgulho e realização. A modelo Ana Caroline, que fez a imersão preparatório, conta que o processo transformou sua relação com a moda e com a própria identidade.
“Aprendi coisas muito importantes como imagem, automaquiagem, postura, estilo, mas o que mais mexeu comigo foi entender a força da nossa estética e da nossa história. Subir na passarela hoje foi muito mais que desfilar, foi me reconhecer e me reposicionar no mundo”, afirmou a modelo.
O 30° Encontro dos Tambores, realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Marabaixo, reúne desde sábado (15) diversas manifestações tradicionais, como marabaixo, batuque, zimba e sairé, além de rodas de capoeira, reggae, hip-hop, feiras, oficinas, moda afro, exposições, literatura, desfiles e, este ano, a novidade do Casamento Comunitário Afro-Religioso.
O evento segue até o dia 27, no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, em Macapá, celebrando as expressões culturais de matriz africana e fortalecendo a identidade negra amapaense.
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