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Na COP30, o governador Clécio Luís apresenta o Atlas Solar como estratégia para o desenvolvimento sustentável e a diversificação da matriz energética

Gestor do amapaense integrou lançamento da Estratégia Amazônia 2050, que conecta economia, meio ambiente e inclusão social.

Por Fabiana Figueiredo
12/11/2025 18h45
Governador Clécio Luís, no lançamento da Estratégia Amazônia 2025

Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), realizada em Belém–PA, o governador Clécio Luís integrou na terça-feira, 11, o lançamento da Estratégia Regional Amazônia 2050. A iniciativa define uma rota comum para o desenvolvimento sustentável da região a longo prazo, conectando economia, meio ambiente e inclusão social.

Atlas Solar do Amapá é referência no mapeamento do potencial de produção energética

No painel, o governador destacou que o uso de dados e estratégias, ou seja, do conhecimento nas tomadas de decisão, sendo o melhor caminho para um futuro mais digno para os amazônidas. Para exemplificar este aspecto, ele apresentou o Atlas Solar, lançado pelo Governo do Estado em 2024, que contém mapas georreferenciados com as regiões mais promissoras em recurso energético solar no estado, incluindo a estimativa do potencial técnico e econômico. O Amapá é favorecido pela localização na linha do Equador, com alta incidência solar ao longo do ano.

“Nós temos o potencial de produzir 56 gigawatts. Com 5 hidrelétricas, o Amapá hoje produz 1 GW e a maior hidrelétrica do mundo, na China, produz mais de 20 GW. A nossa capacidade instalável, portanto, representa 50 vezes mais que a produção energética atual do Amapá. Os extremos são ruins. O caminho do meio é o conhecimento, que vai nos permitir a melhor tomada de decisão”, citou Clécio Luís.

Consórcio da Amazônia Legal lança Estratégia Regional Amazônia 2025

O Amapá já é exemplo de produção de energia limpa, com quatro usinas hidroelétricas cujas produções excedentes abastecem o Sistema Interligado Nacional (SIN), e a expansão do mercado de energia solar nos últimos anos. O Atlas Solar consolida essa referência, reconhecido por especialistas do setor, destacado como “Boa Prática Nacional” pelo Congresso Brasileiro de Minas e Energia (CBME) 2025 e usado como referência pelo Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC). O instrumento se torna, portanto, solução para o desenvolvimento sustentável e a diversificação energética na Amazônia.

“Precisamos da construção de soluções híbridas para atender à complexidade das nossas realidades. Essa estratégia significa, antes de tudo, uma forma de autoconhecimento da Amazônia e de empoderamento de gestores, de lideranças indígenas, quilombolas, comunitárias e de organismos que queiram tratar realmente a Amazônia com dignidade, entendendo as nossas especificidades e não de fora para dentro, tentando nos impor medidas que quase sempre não são adequadas para as nossas realidades”, complementou o governador.

O lançamento, promovido pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), ocorreu no Hub Amazônia, na Blue Zone da COP30, com participação dos governadores da Amazônia Legal, evidenciando o compromisso com uma gestão climática transparente, colaborativa e orientada por resultados. Na oportunidade também foi lançada a Plataforma CAL2050, integrando informações e dados dos nove estados, permitindo monitorar avanços e apoiar decisões baseadas em evidências.

Com participação do governador do Amapá, Consórcio da Amazônia Legal lança Estratégia Amazônia 2025

A COP da Amazônia
A  30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reúne lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.

Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.

A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.

Estratégia Regional Amazônia 2025 aponta caminhos para o desenvolvimento sustentável

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