Governo do Amapá incentiva ciência nas escolas estaduais e garante presença de estudantes em feiras nacionais e internacionais
Projetos desenvolvidos na Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos são destaques na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) e na Mostra Nacional de Feiras de Ciências.
O incentivo ao estudo científico e tecnológico promovido pelo Governo do Amapá tem gerado resultados concretos na rede pública de ensino. Prova disso são os projetos apresentados por estudantes da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, que conquistaram credenciais para duas grandes feiras, a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no Rio Grande do Sul, e a Mostra Nacional de Feiras de Ciências, em Brasília.
As iniciativas nasceram durante a 6ª edição da Mostra Científica, Cultural e de Tecnologia (MoCiCuT), realizada nos dias 12 e 13 de junho, na própria escola. Mais de 50 projetos foram apresentados por alunos do Ensino Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Entre os destaques da edição de 2025, três projetos foram selecionados para representar o Amapá fora do estado, dois na Mostratec e um na Mostra Nacional de Feiras de Ciências. Todos nasceram do esforço coletivo entre alunos e professores, com forte inspiração nas necessidades sociais e ambientais das comunidades locais.
O projeto “Energia Eólica no Amapá - uma oportunidade para o futuro”, desenvolvido pelas estudantes Adriny Nicolle Figueiredo e Ruana Vanessa Silva, chamou atenção na MoCiCuT e foi credenciado para a Mostratec. O trabalho propõe soluções sustentáveis para regiões com pouco acesso à energia elétrica, inspirado no apagão que afetou o estado em 2020.
“Nosso trabalho surgiu com o objetivo de desenvolver um protótipo portátil de energia eólica, voltado às comunidades ribeirinhas e rurais. Estamos criando um modelo capaz de gerar entre 400 e 500 kWh, suficiente para manter eletrodomésticos essenciais, como geladeira, televisão e lâmpadas”, explicou a estudante Adriny.
O professor de informática Alessandro Ferreira, orientador do projeto de energia eólica, destacou o protagonismo dos alunos no processo:
“Eles conseguem desenvolver o pensamento crítico e entender a ciência como uma ferramenta de transformação social. É gratificante vê-los representando o estado e mostrando que aqui também se faz ciência de qualidade”, frisou o docente.
Outro destaque da MoCiCuT foi o projeto “Repelente Natural Saúde Total - desenvolvimento de uma alternativa sustentável e acessível para proteção contra insetos”, criado pelas estudantes Esthefany Medina, Isabelly Alves e Maria Clara Trindade. A proposta nasceu após um surto de dengue na escola e buscou oferecer uma alternativa acessível e sustentável para combater o mosquito transmissor da doença. A iniciativa também foi credenciada para a Mostratec.
“Começamos fazendo testes com produtos industrializados, mas neste ano fomos além: pesquisamos ingredientes naturais no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e desenvolvemos um repelente com andiroba, citronela, cravo-da-índia e outros ativos vegetais. Testamos na nossa turma e os casos de dengue caíram drasticamente”, contou Esthefany.
A professora Aldenir Freire, co-coordenadora do projeto, reforçou o papel da feira como espaço de inovação:
“A MoCiCuT nasceu em 2019 aqui na escola e hoje já é a segunda maior mostra do Amapá. Este ano, tivemos participação de outras escolas, e projetos como esse mostram o impacto direto da ciência na vida das pessoas.”
O credenciamento para a Mostra Nacional de Feiras de Ciências, em Brasília, ficou com o projeto “Impactos Econômicos da Degradação Ambiental na Comunidade Alto da Pedreira”, vencedor do primeiro lugar na MoCiCuT. A pesquisa, desenvolvida pelas estudantes Ana Flávia Rodrigues da Silva, Maria Paula Sena de Sousa e Ana Luiza Rodrigues da Silva Pereira, investigou como o turismo desordenado tem afetado o cotidiano dos moradores ribeirinhos.
“Descobrimos que a poluição sonora e do solo afugenta os peixes e compromete os açaizeiros, encarecendo produtos como peixe e açaí na cidade. Conversamos com o líder comunitário, Seu Moaci, e vimos de perto o impacto ambiental na renda das famílias”, relatou Ana Flávia.
A estudante, que viajou a Brasília representando a equipe, ressaltou a importância da conquista:
“Ficamos desmotivadas em alguns momentos, mas ganhar o primeiro lugar na MoCiCuT e depois representar o estado foi muito gratificante. Nosso esforço valeu a pena”, concluiu Ana Flávia.
Já a colega Maria Paula, que também participou da pesquisa, complementou:
“Mesmo não tendo viajado, o reconhecimento foi incrível. Nosso orientador foi essencial para que a gente acreditasse na ideia.”
Mostra Científica, Cultural e de Tecnologia (MoCiCuT)
Na 6ª edição, a Mostra Científica, Cultural e de Tecnologia da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos tem se consolidado como um espaço estratégico para a formação de jovens cientistas. Unindo-se a outras iniciativas do Governo do Amapá, como a Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap), o evento proporciona oportunidades para que estudantes amapaenses apresentem as pesquisas em nível nacional.
Atualmente, a MoCiCuT já integra o Calendário Nacional de Feiras Científicas e se transformou em uma verdadeira incubadora de ideias inovadoras que dialogam com a realidade amazônica e brasileira. São respostas criativas a problemas reais, desenvolvidas por jovens que acreditam na ciência como ferramenta de transformação.
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