Governo do Amapá realiza programação para celebrar o 'Setembro Azul', mês de resistência e visibilidade para a população surda
Atividades consistem na valorização, cuidado, esporte e entretenimento, além de ações que buscam a inclusão política e social.

O Governo do Amapá iniciou nesta sexta-feira, 12, em Macapá, a programação do “Setembro Azul”, mês voltado para a inclusão e valorização da população surda. Durante esse período, serão realizadas atividades em diversos segmentos, como saúde, esporte e lazer e política pública, visando o apoio e fortalecimento de lutas sociais dessa população.
Na oportunidade, houve o lançamento do Censo do Centro de Atendimento ao Surdo do Amapá (CAS) para coleta de informações de pessoas surdas, além da oferta de massagem e reflexologia, corte de cabelo, aferição de pressão arterial e glicemia, e design de sobrancelha. No sábado, 13, haverá um torneio de futsal e ainda um dia de lazer no dia 26 de setembro.

“Essa campanha faz alusão à luta da comunidade surda ao longo da história no nosso estado, e também traz a ressignificação da data e da cor azul para trabalhar exatamente a questão de acessibilidade, das possibilidades de comunicação ampliadas que a educação especial e a inclusão de modo geral proporcionam para a comunidade”, afirma a gerente do Núcleo de Educação Especial da Seed, Nell Pureza.

A programação é uma realização do CAS, gerenciado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que atua no atendimento e capacitação de deficientes auditivos. Com 19 anos de história, a unidade protagoniza um trabalho voltado para a acessibilidade e inclusão, como explica a diretora da instituição, Elinelma Santos.

“O Centro de Atendimento ao Surdo tem um papel representativo na sociedade e trata com responsabilidade da comunidade surda, com um papel esperançoso. Cada progresso busca permanentemente a inclusão. Cada busca, cada luta que temos diariamente no Centro, a gente percebe que está no caminho certo”, afirma a diretora do CAS.
As atividades também contam com o apoio da Secretaria de Estado de Desporto e Lazer (Sedel), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), do Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sinsepeap) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Para a professora Maria José Noronha, uma das participantes da programação, é sempre importante essa visibilidade para a história de luta da pessoa surda que resultaram em avanços sociais significativos. Além disso, ela afirma que a campanha ajuda na inclusão, integração com a comunidade e também na saúde e autoestima.

“Esse mês é mega especial para a visibilidade e valorização para essa comunidade, porque antes a história era de preconceito, de prejuízos culturais e de sofrimento; e hoje tem a valorização da vida. Através de muitas lutas, nós conseguimos esse momento especial de acessibilidade, de ter intérpretes presentes dentro das escolas, dentro das universidades, e foi um abrir de portas e um avançar de toda a sociedade”
Setembro Azul
Setembro é o mês de luta pela inclusão da comunidade surda. O período foi escolhido em razão de alguns marcos históricos importantes para a comunidade surda: 1º de setembro, dia de criação da Federação Mundial de Surdos (FMS), em 1951; Dia Internacional das Línguas de Sinais, em 23 de setembro; e Dia Nacional do Surdo, em 26 de setembro, data em que foi inaugurada, em 1857, a primeira escola para surdos do Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro.
Ao longo do mês, são realizadas diversas ações para dar visibilidade às causas, conquistas e desafios da população surda, com o objetivo de promover a inclusão, o respeito à diversidade e a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como idioma oficial do país.
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