'Em breve vamos estar com nosso produto no mercado', diz empreendedora da bioeconomia durante o Inova Amazônia Summit
Marilza Eleoterio, de 48 anos, foi uma das empreendedoras participantes de uma rodada de negócios promovida pelo Governo do Estado e o Sebrae, em Macapá.
O Museu Sacaca e o Aeroporto Internacional de Macapá foram vitrines de conexão, tecnologia e inovação da bioeconomia nesta quinta-feira, 22, no segundo dia do Inova Amazônia Summit. O evento, realizado pelo Governo do Estado e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amapá (Sebrae), possibilitou uma roda de negócios com oportunidades para empreendedores locais, como Marilza Eleoterio, de 48 anos, que desenvolve extensores naturais de cabelo feito de fibra de bananeira.
“A minha empresa se chama ‘Meus Cabelos, Meus Fios'. Desenvolvi um cabelo extraído do tronco da bananeira, que fica semelhante ao cabelo humano, suporta calor de chapinha, secador até 450° e adere a um creme reparador de pontas específico. Desenvolvemos uma linha de produto inovador, com a fruta do cerrado e as fibras de bananeira. Estamos aguardando para finalizarmos algumas propostas, e se Deus quiser, em breve vamos estar com o nosso produto no mercado”, explicou Marilza.
A empreendedora falou que a ideia surgiu de uma experiência prática que a fez querer desenvolver um projeto inovador que envolvesse a bioeconomia. A partir das fibras, o cabelo torna-se um produto biodegradável, ao contrário do sintético que, ao ser descartado de forma incorreta, potencializa impactos nocivos ao meio ambiente.
“Queria fazer uma coisa que fosse mais prática no dia a dia. Uma vez fui cortar um tronco de bananeira e encontrei fios, e me deu uma curiosidade de fazer cabelo com aquilo. Tirei, testei e após alguns testes, conseguimos chegar a um bom resultado”, concluiu a empreendedora durante o encontro no Museu Sacaca.
Já no Aeroporto Internacional de Macapá, o biólogo Antônio Carlos Souza explicou sobre como desenvolveu uma tecnologia com inteligência artificial focada na criação e produção de peixes em ambientes controlados, chamada de piscicultura.
“Desenvolvemos um sistema de controle da cadeia produtiva e produção de peixe com inteligência artificial, análise biométrica e análise computacional de imagem. Nessa apresentação inicial, trouxemos alguns dados de faturamento do último ano, dos prêmios mais recentes que a gente recebeu e a tecnologia desenvolvida para melhorar essa cadeia produtiva. Já conversamos com dois possíveis investidores nacionais e apresentamos o que temos de melhor; caso ocorra o interesse, realizamos o diálogo contínuo para fechar o contrato de investimento", explicou Souza.
Inova Amazônia Summit
O Inova Amazônia Summit busca transformar a percepção sobre a Amazônia e o rico patrimônio de biodiversidade. Reunindo painéis temáticos, pitchs, exposição de indicações geográficas, rodadas de negócios, mostra de bioeconomia e apresentações culturais, o encontro promove um ambiente propício para a troca de ideias, o compartilhamento de experiências e o estímulo à geração de negócios sustentáveis.
O evento é realizado pelo Governo do Amapá e Sebrae, com apoio dos parceiros: Conselho Nacional das Fundações de Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Grupo CEA Equatorial, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Grupo Rede Amazônica e Fundação Rede Amazônica, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Sesi e Senai Amapá), Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Sebrae Play, Mariza Alimentos, Lan Telecom, Associação Amapaense de Tecnologia (Amapatec), Comunidade Tucuju Valley e Instituto Amazônia +21.
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