Com apoio do Governo do Estado, cultura e tradição marcam Conferência Municipal de Igualdade Racial em Mazagão
Foram eleitos 21 delegados que participarão da etapa estadual, que acontece nos dias 21, 22 e 23 de julho, na vila de Mazagão Velho.

Cultura e tradição marcaram a 5ª Conferência Municipal de Igualdade Racial em Mazagão, realizada no sábado, 17, na Escola Adione Santos. O evento visa a escuta ativa, o diálogo e a construção coletiva de políticas públicas voltadas à equidade racial, ao combate do racismo e fortalecimento da cidadania. Durante o evento, também houve a escolha dos 21 delegados que irão representar a região na fase estadual, que acontece nos dias 12, 22 e 23 de julho.
A organização envolveu diversos órgãos da gestão municipal, como a Coordenação de Igualdade Racial, a Secretaria de Educação e a Fundação de Cultura, com o apoio da Fundação Estadual de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Feppir - Fundação Marabaixo) e do Conselho Estadual (Coepir), do Governo do Amapá.

A abertura do evento foi ao som do grupo Tambores de Jorge, Vominê da Festa de São Tiago, da roda de samba da comunidade de Conceição do Maracá e o marabaixo de Verônica dos Tambores.
As proposições estão inseridas nos eixos: democracia, justiça racial e reparação. A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, destacou a importância histórica e cultural de Mazagão e do momento de debates para a construção coletiva de políticas de equidade.

“Mazagão é considerado o berço da cultura amapaense. Então, nesse grande terreno de história e ancestralidade, serão deliberados temas importantes, além de votadas propostas que serão importantes contribuições para o avanço das políticas de igualdade racial”, disse Josilana.
O coordenador de Igualdade Racial de Mazagão, Jackson Reis, destacou que recentemente o município lançou o Protocolo Antirracista da Rede Municipal de Ensino, e que a localidade tem reafirmado o compromisso para uma educação inclusiva, além de reforçar as políticas de fortalecimento da população negra.

“A conferência municipal vem para consolidar e fortificar nossas ações para o fortalecimento da igualdade racial e de ações de combate ao racismo. Nossa felicidade é ainda maior por saber que daqui a dois meses teremos a honra de sediar a fase estadual dessa construção coletiva”, destacou Reis.
Seu José Hamilton foi um dos integrantes da comitiva de Conceição do Maracá que foi até Mazagão participar da conferência. O lugar de onde vem integra um território quilombola que engloba também as comunidades de Mari, Joaquina, Fortaleza e Laranjal do Maracá, e para ele, participar desse momento é garantir que as comunidades da região sejam ouvidas.
“É a chance que temos não só de reivindicar, mas também de dialogar e contribuir para que o poder público faça seu papel junto ao nosso povo de forma mais acertada e respeitando a nossa fala e ponto de vista”, diz o quilombola.

Conferência de Mazagão
Além de conselheiros estaduais de Cultura e da equipe técnica da Fundação Marabaixo, também esteve presente o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Rodrigo Videira, e lideranças locais.
Durante o evento, a palestrante Joanne Costa discorreu sobre a história da luta do povo negro no Brasil e no Amapá, e no encerramento, a organização conduziu a leitura e aprovação do regulamento da conferência municipal.
As próximas conferências municipais acontecem em Santana e Vitória do Jari.

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