Governo do Estado realiza oficina para finalização do Plano de Apoio à Sociobioeconomia do Amapá
O projeto busca fortalecer a cadeia produtiva de produtos locais com grande potencial para o desenvolvimento sustentável, além de atrair investidores e expandir o mercado consumidor.

Para dar continuidade à construção do Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas), o Governo do Amapá promoveu nesta terça-feira, 13, a primeira Oficina de Trabalho de 2025 para atuar diretamente na finalização do projeto. O instrumento de gestão é uma política ambiental que fortalece o desenvolvimento sustentável da chamada economia verde, desde a base da cadeia produtiva nas zonas rurais até os grandes empreendimentos.
A programação, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), realizada no Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amapá (Sebrae/AP), reuniu consultores especialistas, representantes de vários segmentos, cooperativas, empreendedores, povos tradicionais, ribeirinhos, povos originários e quilombola para construção dos projetos com foco no uso responsável dos recursos naturais.

"Esse Plano é fundamental para que a gente possa apresentar ao mercado as oportunidades existentes na nossa sociobioeconomia, onde vai se identificar oportunidades existentes e o que a gente pode produzir aproveitando os nossos recursos naturais e, consequentemente colocar isso num documento que vai servir de base para orientar a expansão produtiva no setor da bioeconomia", enfatizou o vice-governador Teles Júnior.
Como um grande potencial econômico e atrativo para investidores interessados no chamado negócios verdes, o Plano fará parte das apresentações do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a “COP da Amazônia”, que será realizada em novembro, em Belém do Pará.

“Neste momento reunimos grupos de trabalho para a realização dos projetos que buscam oportunidades de emprego e renda com qualidade de vida para a população. Queremos criar empreendimentos que possam mudar a vida do amapaense, transformando o Amapá num estado desenvolvido pronto para bancar a transição ecológica do mundo com os produtos da bioeconomia”, detalhou Sérgio Moreira, coordenador do Plano de Sociobioenomia do Amapá.
O Plano instituído por meio de decreto pelo governador Clécio Luís, em junho de 2024, moderniza a gestão ambiental, valorizando as riquezas do Amapá e biodiversidade, além de possibilitar um intercâmbio mundial no mercado da bioeconomia.

“Após ser feito um diagnóstico, escuta da população, mapeamento e identificação dos nossos produtos com potencial, o projeto que vem para ampliar o setor econômico do estado com base no desenvolvimento sustentável agora começa a ser desenhado. O Plano começou a ser escrito efetivamente para em breve ser consolidado e apresentado", explicou a secretária da Sema, Taisa Mendonça.
Durante a programação, os palestrantes fizeram uma breve exposição do Plano, destacando os principais pontos, metodologia de elaboração da carteira de projetos, formação e orientação dos grupos de trabalho envolvidos, plenária de apresentação dos resultados, debate e validação da lista de sugestão dos projetos.

"No ano passado nós fizemos três oficinas, construímos a base do plano e agora vamos complementar, aperfeiçoá-lo, para termos um plano realmente consistente para apresentar não apenas a COP 30, mas além dela para aos investidores que estejam interessados em contribuir para a expansão da sociobioeconomia e melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas", ressaltou o consultor técnico e coordenador do Plano de Sociobioeconomia, Elimar Pinheiro.
Para a conclusão do projeto, ainda serão realizadas mais duas oficinas, respectivamente nos municípios de Oiapoque e Laranjal do Jari.
O Plano de Sociobioeconomia
O Plano já passou pela fase de diagnóstico, escuta ativa da população de forma geral, identificação e mapeamento das cadeias produtivas e o potencial econômico desses produtos locais. O projeto conta com a participação de 10 órgãos estaduais e o apoio da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e do Centro Internacional de Agricultura Tropical.
A proposta do projeto, busca fortalecer as atividades que transformam matéria-prima em produtos, incluindo a abertura de mercado consumidor. A partir das pesquisas realizadas, os indicadores apontam fortes potenciais na cadeia produtiva do açaí, madeira, cacau, pescado, mandioca, castanha e plantas medicinais.
O projeto está alicerçado em uma gestão participativa, que envolve instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil e atores sociais diversos, fortalecendo a democracia ambiental com práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento econômico e social do Amapá. Além de preparar o estado para a transição ecológica mundial.
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