Governo do Amapá e Embrapa realizam Dia de Campo sobre bananicultura em terras indígenas do Oiapoque
A iniciativa tem como objetivo demonstrar casos de sucesso da bananicultura como alternativa de renda para produtores indígenas em áreas afetadas pela vassoura-de-bruxa da mandioca

O Governo do Amapá e a Embrapa realizaram, nesta quinta-feira, 9, o Dia de Campo do projeto “Bananicultura em Terras Indígenas do Oiapoque”, na Aldeia do Manga.
A iniciativa tem como objetivo apresentar casos de sucesso da bananicultura como alternativa de renda para produtores indígenas em áreas afetadas pela vassoura-de-bruxa da mandioca, nas Terras Indígenas do município.
O projeto foi iniciado em 2023, a partir de um pedido dos próprios agricultores indígenas, que buscavam compreender e enfrentar os impactos da doença que atingiu as roças de mandioca. Desde então, a ação vem sendo coordenada pela Embrapa, com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entre outras instituições.
Durante o evento, o Rurap leva orientações técnicas sobre o cultivo da banana, abordando desde o manejo de pragas e doenças, até o processo produtivo e as exigências de comercialização do mercado.

O cultivo da banana tem se mostrado uma alternativa viável para as famílias que perderam parte das plantações de mandioca em decorrência da praga. A proposta é oferecer uma fonte de renda temporária, enquanto a pesquisa científica busca uma solução definitiva para o controle da doença.
A programação do Dia de Campo está organizada em três estações temáticas:
- Manejo do bananal – com demonstrações práticas sobre o cultivo adequado da bananeira;
- Pragas e doenças – com orientações sobre identificação e controle dos principais problemas fitossanitários;
- Pós-colheita – com explicações sobre boas práticas de manuseio e armazenamento, visando agregar valor à produção na comercialização.
O diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, destacou que o foco do projeto é encontrar alternativas produtivas sustentáveis para as famílias afetadas pela vassoura-de-bruxa:
“Enquanto buscamos soluções para o problema da mandioca, pensamos também em outras opções de cultivo que garantam renda aos agricultores. A banana tem se mostrado uma boa alternativa, pois muitos produtores já têm familiaridade com essa cultura”, explicou.

A pesquisadora da Embrapa, Cristiane Ramos, reforçou a importância do projeto para o fortalecimento da autonomia econômica das comunidades indígenas:
“A ideia é que os produtores possam visitar o bananal, conversar com os técnicos e com quem já está produzindo, para replicar esse sistema em suas áreas como alternativa de renda, enquanto enfrentamos os efeitos da vassoura-de-bruxa”, afirmou.
O agricultor indígena Leôncio Oliveira, da etnia Karipuna e morador da Aldeia do Manga, é um dos exemplos de sucesso do projeto:
“Mesmo com o problema da vassoura-de-bruxa, continuei acreditando na agricultura. Agradeço ao Governo do Estado e à Embrapa por esse projeto, que tem me ajudado muito, tanto na alimentação da minha família quanto como fonte de renda”, relatou.

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