Escola Gabriel Almeida Café promove roda de conversa sobre saúde mental e valorização da vida com foco na juventude
Ação do Setembro Amarelo aconteceu na última segunda-feira, 29 no auditório da instituição e reuniu especialistas em debate sobre prevenção ao suicídio e autocuidado com os estudantes.

A Escola Estadual Professor Gabriel Almeida Café promoveu na segunda-feira, 29, as ações do Setembro Amarelo com uma programação voltada à saúde mental e à valorização da vida. O encontro contou com a participação do psicólogo e professor da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Rodrigo Trindade, e do professor Cairo Trindade, especialista em saúde mental, além de agentes da Delegacia de Combate a Crimes Praticados contra Crianças e Adolescentes (DERCCA), que destacaram a importância da rede de apoio e do diálogo contínuo dentro e fora da escola.
Entre as atividades, os estudantes participaram de uma apresentação musical com a banda Remanescente, além de dinâmicas voltadas ao relaxamento da mente e técnicas de respiração e concentração. Também foram discutidos os pilares do autocuidado cuidar da mente, das emoções, incluir pausas e momentos de lazer na rotina reforçando que saúde mental vai além da estética e envolve o bem-estar integral.


Para o diretor da escola, Rhuam Marinho, ações como essa fortalecem o papel da escola como espaço de acolhimento.
“Não é fácil identificar quando um aluno precisa de ajuda. Às vezes, nem sempre está visível. Por isso, reforçamos que todos aqui podem procurar nossos coordenadores pedagógicos e professores sempre que precisarem conversar. A vida de vocês vale mais que o mundo inteiro”, ressaltou o gestor.

Representando a Polícia Civil, a agente Valcinete Santana, da DERCCA, explicou que a atuação da delegacia vai além da esfera investigativa e inclui ações educativas nas escolas.
“Nosso trabalho não se limita à parte repressiva. Atuamos também na prevenção, com palestras sobre temas como assédio e violência sexual. E qualquer pessoa pode nos procurar ou fazer denúncias anônimas pelo Disque 100. O importante é não ficar em silêncio”, orientou.

Durante a palestra, o professor Rodrigo Trindade destacou a necessidade de tratar o tema com responsabilidade e de forma contínua no ambiente escolar.
“Não se pode falar de suicídio de qualquer maneira. É preciso cuidado, pois a forma como abordamos o assunto pode influenciar. A escola precisa falar sobre isso ao longo do ano, de forma transdisciplinar, e contar com profissionais preparados para acolher os estudantes”, explicou Rodrigo Trindade.
O professor Cairo Trindade reforçou que falar sobre saúde mental é também falar sobre vida.

“A prevenção começa ao reconhecer sentimentos como pressão, culpa, medo e fracasso. Precisamos enfrentar esses fatores com diálogo e apoio. As pessoas que falam sobre suicídio merecem ser ouvidas, e isso pode salvar vidas”, afirmou Trindade.
A importância de ações como essa também foi ressaltada pelos próprios estudantes. A aluna Isabella Costa, de 17 anos, que já enfrentou a depressão, compartilhou sua visão sobre o impacto das palestras.
“Esses momentos nos fazem lembrar que somos importantes para a sociedade e que saúde mental envolve qualidade de vida e bons relacionamentos familiares. Palestras assim ajudam a conscientizar e mostrar que buscar ajuda é um ato de coragem”, contou a estudante.

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