Combate à malária percorrerá mais cinco comunidades de Porto Grande
Depois do Garimpo do Vila Nova, força-tarefa agora atuará nas comunidades de Cupixi, Nova Canaã, Campo Verde, Dona Maria e Munguba.
Previsão é que pelo menos 1,5 mil residências sejam visitadas no município até o mês de junho
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) continua esta semana com o suporte às ações de combate à malária, executada pela Prefeitura de Porto Grande, numa força-tarefa com o Ministério da Saúde. O trabalho iniciou por uma área de garimpo da cidade há cerca de três semanas e será retomado nesta quarta-feira, 1º, na comunidade de Cupixi, depois seguirá para as localidades de Nova Canaã (13/05), Campo Verde (27/05), Dona Maria (3/6) e Munguba 10/06. Em cada comunidade, as ações preventivas são feitas em um período de cinco dias. A previsão é que pelo menos 1,5 mil residências sejam visitadas no município até o mês de junho.
Incialmente, o trabalho se concentra nas cidades que mais registraram casos da doença em 2018. É o caso dos municípios de Santana e Mazagão, que também já preparam seu cronograma de ações que contará com suporte da SVS, como borrifação intradomiciliar, instalação de mosquiteiros impregnados com inseticidas e ações educativas. Cada um já recebeu, da SVS, mosquiteiros impregnados com inseticidas enviados pelo Ministério da Saúde.
Prevenção
O médico veterinário do Laboratório de Vetores da SVS, Fred Monteiro, explica que a prevenção da malária se faz pela interrupção do contato do mosquito com as pessoas. Por essa razão, é feita a borrifação nas paredes das casas e instalados os mosquiteiros impregnados com inseticidas.
No garimpo, por se tratar de uma região de passagem, há casos de pessoas que já chegam doentes. Como o mosquito transmissor da malária tem hábitos noturnos, a orientação é que as pessoas estejam protegidas na hora de dormir [com mosquiteiros], assim como as suas residências, para quando o inseto pousar na parede, ele morra”, explica Fred Monteiro.
O apoiador do Ministério da Saúde, Felipe Farias, também reforça que as atividades desenvolvidas pela força-tarefa consistem em orientações à população sobre como utilizar o mosquiteiro, como se prevenir e a procurarem uma unidade de saúde sempre que apresentarem sintomas de febre e calafrio. “Como estamos em uma região endêmica, é fundamental a gente quebrar o ciclo logo no início”, recomenda.
Notificação
Um aspecto fundamental no trabalho da vigilância em saúde, destacado pelos profissionais, é a existência de um posto de notificação da malária. É nesse posto que a pessoa faz uma lâmina (teste) para verificar se está com a doença. Se o resultado for positivo, é iniciado o tratamento. “Desta forma, é possível ter uma rápida resposta para fazer o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, que é o que preconiza uma estratégia da Organização Mundial da Saúde”, alertou o médico veterinário do Laboratório de Vetores da SVS, Fred Monteiro.
No município de Porto Grande, na comunidade de Gaivotas dentro do garimpo Vila Nova, quem realiza o trabalho de notificação é a moradora e microscopista Jéssica Fernanda Costa Franco. Ela recebe treinamento e atualização periódica do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SVS) para fazer o acompanhamento da comunidade. “Se fosse fora da região seria complicado, pois no final de semana todo mundo quer estar em casa. Aqui, as pessoas me conhecem e me procuram. Já atendi durante a noite”, relatou.
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