‘Vendo as crianças se formando, sinto que cumpri o meu dever’, celebra professora aposentada na formatura da Escola Estadual Castro Alves
Michieline Lima, de 51 anos, comemorou a formatura de sua última turma de alunos.
Fortes emoções tomaram conta da comunidade da Escola Estadual Castro Alves na quinta-feira, 18, com a formatura de 17 alunos do 5º ano do ensino fundamental. E uma das principais emoções veio da homenagem a duas professoras da escola, que estão no processo de aposentadoria, finalizando uma extensa trajetória na rede estadual de educação.
Uma das professoras é Michieline Lima Verde, de 51 anos, que começou a lecionar na Escola Estadual Castro Alves há 30 anos e se aposentou em junho deste ano. A profissional conta que, ao ver os alunos se formando, um filme de memórias passa por sua cabeça.
“Ver essas crianças se formando é uma sensação muito boa porque eles começaram a estudar na pandemia, com as aulas remotas ainda. Então quando eles vieram pra escola, eles ainda não estavam adaptados ao ambiente escolar, e passamos por isso juntos. Fico muito emocionada porque eles saíram dessa fase de isolamento e venceram as dificuldades. Hoje estão grandes, com uma mentalidade diferente, e é pra isso que somos professoras”, ressalta Michieline.
A profissional conta ainda que, nestes 30 anos na escola, pode fazer amigos que vão lhe acompanhar pra sempre. “Vendo as crianças se formando, sinto que cumpri o meu dever e fiz o melhor que eu podia. Minha vida é a escola Castro Alves, é uma verdadeira família”, conta.
A profissional Dileuza Dias Souza, de 62 anos, também está em processo de aposentadoria. Ela conta que começou a trabalhar na Escola Estadual Castro Alves há 11 anos, estando os últimos três na coordenação pedagógica da instituição.
“Já venho trabalhando na minha cabeça esse novo ritmo de vida que eu vou levar, porque eu vou pra escola todo dia como se fosse o meu primeiro dia de trabalho. Sempre me dediquei muito aos meus alunos. Trabalhar na Castro Alves foi uma realização de vida”, revela Dileuza.
A servidora conta ainda que ser educadora é um sonho de infância, e que agora se sente realizada profissionalmente e emocionalmente.
“Cresci no município de Calçoene, e desde criança sempre quis ser professora. Nas brincadeiras com as minhas irmãs, sempre era a professora. Então estou me aposentando do meu sonho e não podia estar mais realizada”, comemorou a educadora.
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