Para celebrar a saúde mental, Governo do Amapá promove Cantata Natalina apresentada pelos pacientes do Caps Gentileza
Evento reuniu servidores, familiares e clientes em um momento de confraternização, que também celebrou o ano de trabalho com mais de 173 mil atendimentos realizados em 2025.
O Governo do Amapá celebrou a saúde mental com sensibilidade e emoção durante a tradicional Cantata Natalina do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Gentileza, realizada nesta quinta-feira, 18. Interpretada pelos próprios clientes da unidade, a apresentação foi marcada por momentos de encanto, integração social e celebração do cuidado humanizado, reunindo pacientes, familiares e servidores em um final de tarde de afeto e pertencimento.
A diretora do Caps Gentileza, Zênia Gomes, explicou que a cantata encerra o calendário anual de terapias integrativas desenvolvidas pela unidade, especialmente em datas comemorativas. Segundo a gestora, cerca de 20 pacientes participaram da apresentação, que contou com dois meses de ensaios conduzidos por uma servidora da própria instituição.
“Esse momento também é terapêutico. Desde os ensaios até a apresentação final, tudo faz parte do plano de cuidado. É um evento muito esperado pelos nossos clientes, pois representa confraternização, acolhimento e a presença da família dentro do serviço”, destacou Zênia.
Acolhimento e cuidado
A apresentação também simbolizou o encerramento de um ano de intensa atuação do Caps Gentileza. Em 2025, a unidade ultrapassou a marca de 173 mil atendimentos, ofertando diversos serviços terapêuticos multidisciplinares, sempre pautados pelo cuidado humanizado.
“A iniciativa fortalece vínculos, eleva a autoestima e amplia o sentimento de pertencimento dos clientes, reafirmando o compromisso do Governo do Amapá com a promoção contínua da saúde mental, que já se renova a partir de janeiro com as ações do Janeiro Branco”, destaca a gestora.
Experiência marcante
Para a paciente Brenda Menezes, de 26 anos, participar da cantata foi uma experiência marcante. Mesmo sem ter conseguido acompanhar os ensaios, ela integrou o coral e se emocionou com o momento.
“O Caps Gentileza sempre dá apoio às pessoas com transtorno mental. Eu não ensaiei, mas consegui cantar junto com as outras meninas. Essa foi a minha maior emoção. Estar aqui, participando do coral, é muito especial. Desejo um Feliz Natal e um ano novo com muita saúde e paz para todos nós”, anseia a cliente.
Desafio e gratificação
A coordenação do coral ficou sob responsabilidade da enfermeira Adriana Cláudia da Silva, que destacou os desafios e a gratificação do processo.
“Foram dois meses de ensaios. Cada pessoa tem sua limitação, sua timidez, seus dias bons e dias difíceis. Tivemos até um cliente que não fala e fazia parte do coral, mas que infelizmente não pôde participar hoje por estar doente. Mesmo assim, ver esse resultado final é emocionante. Quando a gente chega aqui e vê que deu certo, é maravilhoso. É um desafio que vale muito a pena”, afirmou.
Apoio da família é fundamental
A presença dos familiares reforçou ainda mais o significado da cantata. Rosilene Chagas acompanhou a irmã Rosilda, de 42 anos, e o sobrinho Rafael, de 22, pacientes do Caps Gentileza há cerca de cinco anos. Moradores do arquipélago do Bailique, eles se deslocam mensalmente a Macapá para acompanhamento terapêutico.
“É muito emocionante estar aqui. A participação da família no tratamento é fundamental. Estar presente, apoiar e compartilhar esses momentos faz toda a diferença na vida deles”, ressaltou Rosilene.
Mesmo sem participar do coral neste ano, Rafael se mostrou empolgado com a apresentação e já faz planos para o futuro.
“Eu achei bacana, bonito. Gostei muito. Aqui a gente faz várias atividades, como jogar bola e Muay Thai. Ano que vem eu quero participar da cantata também”, afirmou o jovem.
Além da emoção proporcionada pela cantata, o Caps Gentileza realizou a entrega de lanches e panetones aos participantes. São histórias como essas que reforçam o empenho do Governo do Amapá em promover a saúde mental com humanidade, cuidado e respeito, fortalecendo vínculos, devolvendo autoestima e garantindo que cada pessoa seja acolhida em sua integralidade.
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