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VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Amapá confirma caso de raiva humana em área remota de Oiapoque

Paciente é um pescador de 24 anos agredido por Primata Não Humano na região do Cabo Orange. Governo do Estado atua de forma eficiente para garantir proteção da população.

Por Mônica Silva
01/12/2025 15h35
Exames identificaram a variante AgV3, associada a morcegos hematófagos e frugívoros (foto ilustrativa)

A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS/AP), com atuação do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Amapá), confirmou um caso de Raiva Humana com local provável de infecção na região do Cabo Orange, área de manguezal situada no município de Oiapoque.

O paciente é um pescador artesanal de 24 anos, que sofreu agressão por um Primata Não Humano (PNH) durante atividade de pesca. O Governo do Estado atua para garantir resposta integrada entre vigilância, assistência, laboratório e órgãos ambientais para a saúde da população.

"O Governo do Amapá já está agindo de forma rápida e coordenada para garantir uma resposta eficiente. A SVS está mobilizada, por meio do Cievs, para proteger a saúde da população e fortalecer as ações em todo o território”, reforçou a superintendente da SVS, Claudia Pimentel.

Claudia Pimentel, superintendente da SVS

Dias após o incidente, o quadro do pescador evoluiu para algo compatível com encefalite aguda viral, sendo transferido para unidade hospitalar de referência no estado do Pará. O diagnóstico foi confirmado por RT-PCR em amostras de saliva e biópsia. O sequenciamento genético, realizado pelo Instituto Pasteur (SP), identificou a variante AgV3, associada a morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus e a morcegos frugívoros do gênero Artibeus.

Classificação epidemiológica

O caso foi classificado como confirmado para Raiva Humana, atendendo aos critérios nacionais de vigilância epidemiológica. A exposição ocorreu em ambiente silvestre, com relato de agressão por PNH, cenário relevante em áreas de circulação de variantes hematófagas.

Segundo a SVS, o sequenciamento reforça a hipótese de transmissão relacionada a morcegos, principais reservatórios da variante identificada.

Ações adotadas pelo Estado e Cievs Amapá

A partir da confirmação, foram determinadas ações imediatas nas áreas de assistência e vigilância, incluindo registro no SINAN, atualização da linha do tempo do caso e monitoramento da evolução clínica.

Em relação à Profilaxia de Exposição (PEP), foi reforçada a avaliação de risco e a administração de vacina e soro aos contatos, procedimento iniciado pela Vigilância Municipal de Oiapoque.

A SVS também está orientando as unidades de saúde a manterem atenção permanente a qualquer paciente com histórico de exposição a animais silvestres, além de garantir estoque de imunobiológicos (vacina e soro antirrábico), reforçar notificações imediatas de agressões por animais e intensificar ações educativas para pescadores, ribeirinhos e moradores de áreas remotas.

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ÁREA: Saúde