Com lançamentos, adesões e modelagem sustentável, Secretaria de Meio Ambiente divulga balanço positivo no evento global COP 30
O Amapá ampliou o protagonismo em políticas ambientais, impulsionando a bioeconomia, a inovação e o engajamento no combate às mudanças climáticas.
A COP 30, realizada em Belém do Pará, marcou avanços políticos e fortaleceu relações globais, não apenas no combate às mudanças climáticas, mas também na gestão ambiental e em modelos econômicos baseados em alternativas sustentáveis. Nesse contexto, o Governo do Amapá, apresentou ao mundo a potencialidade para o mercado da bioeconomia e protagonizou um dos momentos mais marcantes do evento internacional, ao lançar o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas). De iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o instrumento abre caminhos para os chamados negócios verdes a partir de soluções que vêm da floresta.
O diagnóstico feito pelo Plano apresenta a rica biodiversidade que o estado possui e mostra o mapeamento de 11 cadeias produtivas com grande potencial econômico. O modelo inovador, consolida o Amapá como um importante parceiro no setor da bioeconomia e política ambiental, alinhado às tendências internacionais. Neste sentido, o Estado aproveitou a oportunidade para expandir o poder de influência sustentável no mercado mundial.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Taisa Mendonça, fez um balanço dos trabalhos realizados pela Sema. Para ela, o estado conseguiu alcançar o objetivo com avanços significativos.
“Saímos dessa COP com resultados positivos, o Amapá mostrou ao mundo que o futuro já começou ao apresentar soluções sustentáveis que respeitam o meio ambiente. Lançamos o nosso Plano de Sociobioeconomia que direciona o estado para novos mercados, mantém as nossas florestas e promove o desenvolvimento social de quem vive e cuida da natureza”, afirmou.
Protagonismo e articulação
Para a Sema, a participação na COP 30 reforçou o papel estratégico do Amapá para o desenvolvimento da economia sustentável, utilizando os recursos naturais de forma responsável e sendo capaz de dialogar em alto nível com governos e setores produtivos.
Além do Plano de Sociobioeconomia, a Sema intermediou a adesão do Amapá à iniciativa internacional Mangrove Breakthrough, ação multisetorial que amplia a proteção e o financiamento dos ecossistemas dos manguezais. Na área costeira ao longo dos estados do Amapá, Pará e Maranhão, está contida a maior faixa contínua de manguezais e a mais preservada do planeta.
O Mangrove Breakthrough visa garantir a proteção de 15 milhões de hectares de manguezais em todo o mundo até o ano de 2030, mobilizando governos, instituições e entidades da sociedade civil em torno de metas ambiciosas para a proteção dos ecossistemas.
A Sema também assinou um Acordo de Cooperação Técnica com a Associação Rare Brasil, para desenvolver ações e projetos voltados para as áreas de Unidades de Conservação do estado, apoio a gestão costeiro-marinha e fortalecimento da gestão sustentável de recursos, conservação da biodiversidade e a participação das populações tradicionais na gestão dos territórios da Amazônia amapaense e os ecossistemas associados.
O compromisso vai viabilizar ações conjuntas e apoio ao estado e às comunidades com a participação das populações tradicionais, por meio da gestão participativa e o fortalecimento da co-gestão das 21 Unidades de Conservação que o Amapá possui. A iniciativa também garante mais estrutura para as ações das áreas protegidas, além de financiar a reunião dos Conselhos abrangendo a Flota do Amapá, Áreas de Proteção Ambiental do Curiaú e da Fazendinha.
Com foco nas questões ambientais, a COP também ficou marcada pelo protagonismo feminino em ações de liderança e participação, como as discussões sobre justiça climática e empreendedorismo sustentável chefiado por mulheres.
A roda de conversa “Mulheres para Clima e Floresta”, que reuniu jovens, ativistas, empreendedoras e gestoras públicas, num intercâmbio de experiências e amplo debate sobre o papel feminino na defesa do meio ambiente, resultou na criação de um Grupo de Trabalho que será coordenado dentro da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF Task-Force) e que conta com representantes do Amapá, Acre, Bahia, São Paulo, além de países como Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, México e Indonésia
O Comitê, que será sediado no Amapá, evidencia o engajamento feminino nas questões climáticas e aposta em negócios verdes provenientes das florestas.
Oportunidades, participação, negociações e investimentos
Nos painéis de apresentação, a Sema participou ativamente de amplos debates e contribuições em resposta à transição ecológica e a emergências climáticas. O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH/AP) e a criação do primeiro Comitê de Bacia Hidrográfica do Amapá, marco participativo na governança das águas, foi destaque na apresentação do programa “Cidades das Águas: Gestão Integrada da Água e do Território”, que orienta o planejamento urbano e ambiental com foco na resiliência, participação social e uso sustentável dos recursos naturais, servindo de modelo.
Nos avanços ambientais, o Amapá também participou dos painéis que contribuíram com a construção da Carta da Biodiversidade, que marca o compromisso dos estados brasileiros na proteção da diversidade biológica, destacando a construção do Roteiro Nacional para as Estratégias e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade (EPAEBs) e a experiência dos estados brasileiros.
Oficialmente lançado pelo governador Clécio Luís, o Plano de Sociobioeconomia também deu os primeiros passos nos painéis da Conferência apresentando as potencialidades do Amapá que possui mais de 90% de floresta nativa preservada. Considerado um marco relevante, o instrumento se consolida como um modelo de governança que integra instituições públicas, setor produtivo, comunidades tradicionais e parceiros internacionais, transformando o potencial socioambiental em desenvolvimento econômico de longo prazo.
No campo da bioeconomia, o Peas foi para o escopo das negociações em busca de investimentos iniciando tratativas promissoras para o estado que apresenta uma política estruturante que fortalece cadeias produtivas sustentáveis, amplia oportunidades e valoriza quem vive da floresta, colocando o Amapá no centro da transição ecológica brasileira.
“Demos um passo relevante e, para além da COP, iniciamos negociações de investimentos que seguem em tratativas, o acesso a financiamentos é uma premissa indispensável para o desenvolvimento sustentável e inovação verde, isso indica maturidade do estado na avaliação de oportunidades expostas na Conferência”, enfatizou Taisa.
A Sema reconhece que ao lançar um instrumento inédito como o Peas, isso influenciou e favoreceu as negociações com as startups amapaenses, garantindo segurança jurídica para os investidores. Além disso, o setor de bioeconomia fortaleceu o Amapá na posição de respeito e autoridade no que se refere a negócios verdes.
Desafios futuros
O balanço apresentado pela Sema destaca que a COP 30 consolidou os temas de sustentabilidade, bioeconomia, tecnologia, inovação e inclusão social, (gênero, lideranças femininas, povos originários, quilombolas e tradicionais) como eixos indispensáveis para agendas futuras.
O desafio agora é transformar compromissos firmados em resultados com a implementação de políticas públicas, aproveitando as oportunidades de inserção do Amapá como referência em soluções que vem da floresta, promovendo inovação nas cadeias de valor com uso responsável dos recursos naturais.
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