Capoeira, batuque, marabaixo e homenagens marcam noite de apresentações culturais no 30º Encontro dos Tambores
O evento conta com apoio do Governo do Estado. Na terça-feira, 25, será celebrado o aniversário da União dos Negros do Amapá, com show do grupo Cacique de Ramos.
Capoeira, batuque e marabaixo deram a tônica da noite de domingo, 23, no 30º Encontro dos Tambores, com apoio do Governo do Estado. No início da noite, os berimbaus e atabaques soaram em uma apresentação conjunta de grupos de capoeira, com a participação significativa de crianças e jovens.
O primeiro grupo cultural a subir ao palco foi o Batuque Santo Antônio, da comunidade de Coração. Levando a bandeira, os integrantes exaltaram o santo padroeiro do lugar e renderam homenagens a Raimunda Ramos, a dona Diquinha, matriarca da comunidade.
O segundo grupo a se apresentar foi a Associação Zeca e Bibi Costa (Azebic), uma das realizadoras do tradicional Ciclo do Marabaixo na Favela (bairro Santa Rita). Além do rufar das caixas e do rodar das saias, o grupo homenageou a matriarca Irene Silva.
Já o grupo da comunidade de Torrão do Matapi levou ao Anfiteatro do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos a força das celebrações religiosas da região rural de Macapá. Em seguida, o Nova Geração do Maruanum destacou a importância da participação da juventude nas manifestações culturais, sem esquecer a experiência e o legado daqueles que os precederam.
A entrada da imagem do padroeiro São Roque antecedeu a apresentação da comunidade do Ambé. Não faltou a canção icônica que se transformou em hino do lugar, “Flor do Ambé”.
O grupo Malocão do Pedrão levou o batuque raiz ao público que acompanhou a apresentação. Reunindo crianças, jovens e adultos, o grupo contagiou a todos com as danças e os sons dos repiniques e amassadores.
O Marabaixo da Gungá encerrou as apresentações das comunidades, já por volta de 0h30. O grupo de Mazagão Velho, comandado por Rosângela Silva, a Gungá, encantou o público que atendeu ao chamado e entrou na roda para dançar ao som das caixas.
O show dos sambistas Carlos Piru e Cafu Rota Samba fechou a noite. A programação segue nesta segunda-feira, 24, com a apresentação do projeto “Cantando Marabaixo nas Escolas”, além de grupos como Raízes do Marabaixo Infantil (Mazagão Velho), Tia Sinhá, Estrela do Renascer, entre outros.
Na terça-feira, 25, será celebrado o aniversário da União dos Negros do Amapá (UNA), com cerimônia e corte do bolo. Também ocorre o show nacional com o grupo Cacique de Ramos, do Rio de Janeiro.
“A programação é extensa e respeita nossa pluralidade e identidade cultural. O Encontro dos Tambores não é só um evento de festa no palco, mas também de resistência e ancestralidade”, destaca a coordenadora-geral da UNA, Elísia Congó.
O Tambor que nos Une
O Encontro dos Tambores é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) e pelo Instituto Língua Solta, com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir – Fundação Marabaixo) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O evento tem a proposta de integrar as comunidades tradicionais por meio da cultura afro-amapaense, com apresentações de grupos de marabaixo, batuque, zimba, sairé, capoeira, hip-hop, reggae, samba, povos de terreiro, além de atrações regionais e shows nacionais.
Este ano, o tema é “O Tambor que nos Une”, que remete à reflexão sobre a importância do tambor e da união entre os povos tradicionais do Amapá, bem como sobre o combate ao racismo, à discriminação social e à intolerância religiosa.
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