Com batalha de 'Breaking', grafite e apresentações de Rap, movimento Hip-Hop agita programação do 30º Encontro dos Tambores
Programação segue nesta terça-feira, 18, com a Cerimônia de Abertura. Ponto alto do evento será a Missa dos Quilombos, na quinta-feira, 20.
O Breaking (dança), Grafite (arte urbana), o Rap e o DJ, elementos do Movimento Hip-Hop, invadiram o anfiteatro do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, em Macapá, na segunda-feira, 17, durante a programação do 30º Encontro dos Tambores, evento fomentado pelo Governo do Amapá.
As batalhas dos b-boys (dançarinos de Breaking) deu a tônica do evento Hip-Hop Griot, reforçando a força que o Movimento ganha no amapá ao longo dos anos. A cada apresentação, o público se contagia com os movimentos dos participantes. A grande final foi entre os b-boys “Snoop” e “Meio Quilo”; no fim, Snoop ganhou o voto dos jurados e o título.
“O Hip-Hop ganha força no Amapá. Aqui não foi uma competição, mas uma amostra que o Breaking, as rimas e os demais elementos conquistam os nossos jovens e principalmente revelam e lapidam talentos”, destaca Alberto Brito, o B-Boy Alberto, um dos organizadores do Hip-Hop Griot e presidente do Ponto de Cultura Máxima Crew.
No palco, artistas do Rap (sigla em e inglês para Ritmo e Poesia) cantaram a realidade das ruas e o cotidiano do povo amapaense. Nomes Grupos como CRVG e FGO mostraram que a rima pode misturar protesto com resistência e identidade cultural.
No entorno das batalhas e apresentações, chamava a atenção os painéis de grafitagem, que mostravam os traços de artistas locais. Uma das artes que mais chamou a atenção foi assinada por Edricy França: o rosto do saudoso Raimundo Santos Souza, o Mestre Sacaca, exímio conhecedor das plantas tradicionais e um dos expoentes da cultura marabaixeira.
“O Encontro dos Tambores é uma miscelânia de ritmos e culturas afro-amapaenses. O Hip-Hop não poderia estar de foram, pois é a arte que que emana da juventude, das ruas e que só se fortalece no Amapá”, destaca a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.
A programação do 3º Encontro dos Tambores segue nesta terça-feira, 18, acontece o Espetáculo de Abertura, a partir das 19h30. Ao ritmo do tambor, culturas como marabaixo, batuque, matriz africana (povos originários ancestrais), capoeira e hip-hop farão um grande cortejo que marca oficialmente a chegada do evento.
O ponto alto será a Missa dos Quilombos, na noite de quinta-feira, 20, Dia Nacional da Consciência Negra, data que celebra a memória de Zumbi dos Palmares, símbolo nacional de resistência e combate à escravidão no Brasil. Conforme a tradição, a cerimônia diferenciada no Anfiteatro do Centro de Cultura Negra evidencia a mistura de ritos religiosos e culturais que relembram a África antiga.
Este ano, o tema é ‘O Tambor que nos Une’, que remete à reflexão acerca da importância do tambor e da união entre os povos tradicionais do Amapá, bem como sobre o combate ao racismo, à discriminação social e à intolerância religiosa.
O Encontro dos Tambores é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) e pelo Instituto Língua Solta, com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir – Fundação Marabaixo) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O evento tem a proposta de integrar as comunidades tradicionais por meio da cultura afro-amapaense, com apresentações de grupos de marabaixo, batuque, zimba, sairé, capoeira, hip-hop, reggae, samba, povos de terreiro, além de atrações regionais e shows nacionais.
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