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COP30: Amazônia Bio e extrativistas de Mazagão firmam parceria para fortalecer produção sustentável de açaí no Amapá

Iniciativa vai beneficiar 50 famílias do Assentamento Maracá, gera empregos e reforça a política estadual de incentivo à bioeconomia e à valorização dos produtos da floresta.

Por Winicius Tavares
12/11/2025 08h07
Momento da assinatura do contrato entre a Amazônia Bio e as comunidades extrativistas do Maracá, em Mazagão, no estande do Amapá durante a COP30

Cumprindo o propósito para o qual foi montado, o estande do Amapá foi palco, nesta terça-feira, 11, da conclusão de uma grande negociação voltada ao desenvolvimento sustentável. A empresa brasileira Amazônia Bio assinou um contrato com as comunidades extrativistas do Assentamento Maracá, em Mazagão, para a compra e produção de cerca de mil latas de 13 quilos de açaí por dia.

O acordo beneficia 50 famílias e gera 25 empregos diretos, fortalecendo a economia local e a cadeia produtiva do açaí. A multinacional, que exporta produtos para mais de 30 países, vai produzir a fruta no Amapá, em uma fábrica instalada próxima ao Rio Matapi. A polpa será enviada ao Ceará, onde passará pelo processo de secagem que preserva o sabor e os nutrientes do fruto.

Secretário de Ciência e Tecnologia do Amapá, Edivan Barros

“A tendência é expandir a assinatura desse contrato para que outras famílias possam participar dessa cadeia de valor. Essa iniciativa, assim como outras indústrias instaladas no Amapá, mostra que precificar e dar valor aos produtos da floresta é uma forma de mantê-la em pé, gerando riqueza, emprego e renda para as populações rurais e urbanas”, destacou o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Edivan Barros.

A instalação da empresa no estado contou com apoio do Governo do Amapá, que incentiva a produção local e negócios sustentáveis. A Amazônia Bio também foi convidada a integrar o Parque Tecnológico do Amapá, no antigo Macapá Hotel, na orla da capital, fortalecendo a conexão entre inovação e sustentabilidade.

À direita e de azul, o CEO da Amazônia Bio, Felipe Franzina

“Me sinto muito honrado em representar milhares de pessoas e centenas de famílias que trabalham com o açaí. Instalamos nossa indústria no Amapá com a alegria de colocar o estado no centro do mundo, levando o melhor açaí do planeta para diversos países”, celebrou o CEO da Amazônia Bio, Felipe Franzina.

A vice-diretora da Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista do Maracá (Atexma), Maria Angélica, destacou que vive há 32 anos na comunidade, onde chegou em 1991 e construiu sua trajetória de trabalho. Segundo ela, o açaí é a base da subsistência do povo da floresta e parte essencial da cultura alimentar local.

Maria contou ainda que o trabalho com a empresa começou antes da assinatura do contrato, com o planejamento e a estruturação do projeto, que deve beneficiar toda a comunidade. Para ela, o apoio coletivo é essencial para fortalecer as famílias do Maracá, que já atuam com o plano de manejo sustentável.

A vice-diretora da Atexma, Maria Angélica

“O açaí é o ouro da Amazônia, fortalece e alimenta milhares de famílias. É dele que o povo da floresta sobrevive, com uma alimentação riquíssima em proteínas e vitaminas. Ninguém quer mais almoçar sem açaí, faz parte da nossa vida. Já enfrentamos muitas dificuldades, mas hoje estamos colhendo vantagens e crescendo com o trabalho produtivo”, disse Maria.

A COP da Amazônia

A  30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reúne lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.

Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.

A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.

Representantes do Governo do Amapá, Amazônia Bio e comunidade do Maracá comemoram a parceria que alia inovação, sustentabilidade e desenvolvimento local

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