Projeto que representará o Amapá na Olimpíada Nacional de Cartografia é apresentado à Secretaria de Educação
Equipe da Escola Quilombola Estadual David Miranda conquistou lugar na etapa final da competição, que acontecerá no Rio de Janeiro.
O projeto que representará o Amapá na final da Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac), que acontecerá de 17 a 22 de novembro, no Rio de Janeiro, foi apresentado nesta sexta-feira, 7, para a Secretaria de Estado da Educação (Seed). A vaga nacional foi conquista por quatro alunas e um professor da Escola Quilombola Estadual David Miranda dos Santos, localizada na comunidade São José do Matapi, na zona rural de Macapá.
“Esse é o momento que a gente está conhecendo uma produção educacional que participa de uma Olimpíada Brasileira e que, na sua etapa regional, pôde ser ali avaliada como a melhor do Norte. A gente percebe a qualidade do trabalho desenvolvido e do jogo, que reforçam a nossa cultura, nossa ancestralidade e nossa realidade amazônica plural diversa. Ficamos muito felizes que a escola está levando essa nossa identidade para o Brasil. Esse tipo de produção envolve a comunidade escolar de forma inovadora, e é disso que precisamos cada vez mais”, frisa a secretária adjunta de Políticas Educacionais da Seed, Danielle Dias.
O objetivo da apresentação foi demonstrar como aconteceu toda a construção do projeto, que resultou na criação do jogo de tabuleiro “Caminhos Quilombola: Raízes do Matapi”, que combina trilhas, desafios cartográficos e comunitários, elaborado pela equipe por meio de pesquisas dentro da própria comunidade quilombola, com apoio do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).
“Nosso projeto é todo ambientado na nossa comunidade, nos pontos que temos ali, nas pessoas que fazem parte da comunidade, porque nada melhor do que falar de um jogo de pertencimento, de identidade cultural. Hoje estamos aqui com o objetivo de fazer essa divulgação para que outras escolas também se inspirem na gente, e tratem desse pertencimento para dar visibilidade para as escolas quilombolas”, explica o professor orientador do projeto Bruno Brandão.
A iniciativa contou com a participação de alunas do ensino fundamental e médio da unidade escolar. Uma delas é a Kathleen Daniele, de 19 anos, que diz estar aprimorando alguns aprendizados ao longo do processo da Olimpíada.
“É algo inovador para a gente. Está sendo algo de muito aprendizado ao longo de várias etapas. A gente aprendeu a se comunicar melhor, ser mais unido como comunidade também”, conta Kathleen.
A estudante Maria Eduarda, de 14 anos, que está no 9º ano do ensino fundamental
“É a primeira vez que participo de uma ação assim. Para mim, está sendo muito gratificante poder representar nossa comunidade quilombola e o estado do Amapá. Espero que a gente consiga se classificar e trazer esse título para o estado!”, afirma a aluna.
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