Escola do Amapá inova no ensino e integra reciclagem e produção de materiais às atividades pedagógicas em Macapá
Projeto Sabão do Bem é desenvolvido há 10 anos na Escola Estadual Esther Virgolino, abordando meio ambiente, reuso de itens e empreendedorismo.
A Escola Estadual Profª. Esther da Silva Virgolino, na Zona Norte de Macapá, celebra o sucesso do projeto "Sabão do Bem", uma iniciativa que transformou o aprendizado em ação. Há uma década, a instituição integra o currículo regular de ensino com atividades práticas que unem educação ambiental, reuso de materiais e desenvolvimento de habilidades empreendedoras.
O projeto ensina estudantes a reaproveitar óleo de cozinha usado, que seria descartado, e transformá-lo em sabão em barra e líquido, além de sabonete. Durante as atividades, eles aprendem desde a seleção dos produtos necessários e a confecção do sabão até técnicas de comercialização dos produtos.
Segundo a professora coordenadora do projeto, Alessandra Rayol, a iniciativa foi iniciada para ajudar mães da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a encontrarem novas formas de geração de renda. E deu tão certo que o projeto passou a fazer parte das atividades do ensino em tempo integral, modernizando a abordagem pedagógica da instituição.
“A finalidade do projeto sempre foi ensinar nossos alunos uma forma de empreender, mais empreender de forma sustentável, entender a economia circular, entender a ter consciência de como esses materiais podem ser prejudiciais para a nossa sociedade para fazer a diferença também, e se colocar como cidadão transformador com assuntos simples, que parecem pequenos, mas, na verdade, são assuntos grandiosos”, ressalta Alessandra.
Ao longo de dez anos, o projeto já capacitou milhares de jovens e adultos, como o estudante Vanderson Costa, de 18 anos. Aluno do 3º ano do ensino médio, ele iniciou como aprendiz e agora já é líder de grupo, auxiliando outros alunos a se desenvolver na área.
“O interesse pelo projeto Sabão do Bem surgiu quando eu entrei na escola e a professora me apresentou a ele. Agora, eu já sei fabricar sabão. O que nós produzimos aqui, vendemos para a comunidade, para a escola, para os funcionários, e a gente usa odinheiro para investir em coisas do nosso interesse aqui na escola”, explica o estudante.
Atualmente, o projeto vai além da produção de sabão ecológico, se expandindo para a reciclagem de plásticos para o engarrafamento de sabão, garrafas de vidro para itens decorativos, além de madeira e pneus para a confecção de móveis e objetos utilitários. Para o diretor da Escola Esther Virgolino, Jack Corrêa, a iniciativa se soma a outras já desenvolvidas na instituição.
“Temos cerca de 15 projetos desenvolvidos em nossa escola, com reaproveitamento de materiais e objetos, além de trabalhos em nossos jardins, e horta. Fazemos a comercialização dos itens, depois reunimos com os funcionários e estudantes para decidir as prioridades de investimento”, afirma o diretor.
O projeto "Sabão do Bem" também estimula talentos em outras áreas como a comunicação, através da elaboração de materiais de divulgação e marketing dos produtos. A estudante Vanessa Letícia, de 15 anos, faz parte da iniciativa dessa forma. Ela diz que a experiência ajudará em seu futuro profissional.
“Eu venho aqui gravar o pessoal, explicar como que funciona o processo porque eu acho muito importante. E eu vejo como uma coisa como relevante eu estar aqui aprendendo”, conta Vanessa.
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