Festival 'Curta o Curta' chega à 12ª edição em Macapá e será destaque na mostra do Ministério da Educação em Minas Gerais
Produções audiovisuais de alunos da Escola Estadual Profª Raimunda dos Passos Santos já chegaram ao cinema; a iniciativa estimula criatividade e ensina a relatar experiências por meio de roteiros.

A sétima arte já faz parte da rotina pedagógica de alunos da Escola Estadual Profª Raimunda dos Passos Santos, em Macapá. Em sua 12ª edição, o 'Festival Curta o Curta' levou à tela produções audiovisuais feitas pelos estudantes, exibidas nesta sexta-feira, 26, em um telão montado na praça Nova Eterna Aliança, no bairro Novo Horizonte, aproximando escola e comunidade.
O projeto nasceu em 2012, quando a professora de língua portuguesa, Olívia Lima, passou a desafiar alunos a transformar literatura em roteiro. Hoje, consolidado como disciplina eletiva da escola de tempo integral, a iniciativa oferece oficinas de roteiro, edição, teatro e contato direto com profissionais do audiovisual local.
“É um espaço para que os estudantes compreendam a linguagem cinematográfica e experimentem todas as etapas de uma produção”, explica a professora Olívia, coordenadora do projeto.

Para o diretor da unidade educacional, Jonathan dos Santos Figueira, que acompanha a trajetória desde o início, o impacto vai além dos muros escolares.
“Começamos com poucos recursos, usando o que tínhamos em mãos. Hoje, o festival é referência, faz parte do projeto pedagógico da escola e envolve toda a comunidade. Já inspirou até produções profissionais premiadas”, destaca o gestor.

Nesta edição, seis curtas foram apresentados e avaliados em 16 categorias, entre elas direção, roteiro, produção, arte, melhor ator/atriz e coadjuvante, pôster, melhor filme, além de prêmio do público.
“Os alunos concorrem como forma de estímulo. Mas o mais importante é se verem na tela grande, com o bairro e a cidade assistindo às suas histórias”, disse o professor de História Pedro Silva, que também coordena as atividades.

A estudante Vitória Alessandra, 17 anos, produziu dois filmes. Em um deles, “Inocentes”, abordou a valorização da infância. Ela participou como roteirista, diretora, produtora e atriz em ambos.
“Foi difícil construir um roteiro que tocasse as pessoas sem afastar o público pelo peso do tema. Mas consegui. É uma experiência que levo para a vida”, disse Victória, entusiasmada e orgulhosa de seu trabalho.

Entre os quatro jurados, o universitário João Pedro dos Santos, do Cine Clube Cine Pucunha, apontou o impacto da iniciativa para o audiovisual local. Ele aponta o projeto Curta o Curta como uma ação que valoriza e dissemina a cultura amapaense.
“Projetos como este dão aos jovens a chance de se expressar e de construir identidade. A lente de uma câmera pode revelar novas realidades e aproximar a comunidade da sua própria história”, falou o profissional de audivisual, João Pedro.

O Festival Curta o Curta foi selecionado pelo Ministério da Educação (MEC) para representar o Estado na Mostra de Experiências Inspiradoras da Educação em Tempo Integral, que ocorrerá nos dias 1º e 2 de outubro, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Açaí que virou cinema
O curta Açaí nasceu no Festival Curta o Curta como uma produção estudantil simples. A repercussão foi tão positiva que inspirou uma versão profissional, exibida em festivais e premiada no circuito nacional, prova de como o projeto escolar pode transformar histórias locais em referência cultural.
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