Governo do Amapá promove evento com jogos adaptados para inclusão de crianças com necessidades especiais
Projeto desenvolvido pela Escola Estadual São Lázaro realizou sua 9ª edição nesta sexta-feira, 26.

O Governo do Amapá realizou nesta sexta-feira, 26, um evento de celebração do projeto “Trabalhando a inclusão da pessoa com deficiência na escola: vivenciando os jogos adaptados”. A iniciativa é desenvolvida há nove anos pela Escola Estadual São Lázaro, localizada na Zona Norte de Macapá, com o objetivo de integrar estudantes, servidores da educação e famílias.
Durante a programação, realizada na quadra da Escola Profª. Esther Virgolino, alunos atípicos e típicos do ensino fundamental 1 (do 1º ao 5º ano) participaram de modalidades como atletismo, corrida às cegas, futebol, vôlei, corrida com cadeira de rodas e outras atividades, para que todos vivenciassem as limitações das pessoas com deficiências. Os professores também competiram para incentivar os estudantes.

"Hoje é um dia maravilhoso para a gente, todos os pais estão aqui conosco, nessa culminância do projeto que trabalhamos dentro do espaço escolar. Nosso principal objetivo é integrar as pessoas sem deficiência no universo das pessoas com deficiência, permitindo que vivenciem esse cotidiano, suas dificuldades, suas lutas e conquistas, demonstrando que todos os nossos estudantes são capazes", ressaltou a diretora da E.E. São Lázaro, Elisângela Corrêa.

Entre os “atletas”, estava o estudante Miguel Viana, autista, de 10 anos. Segundo sua mãe, a agente de portaria Luziane Viana Paula, de 40 anos, é a quinta vez que ele participa. Ela afirma ainda que é essencial que as crianças se sintam parte do grupo escolar, sendo acolhidos mesmo com suas limitações.
“Eu acho que isso é muito importante, principalmente para ele que é autista. Hoje, a primeira coisa que ele falou foi ‘mamãe, bora que já é o dia do meu projeto’. Nós gostamos demais porque ele interage com as crianças, com os amigos, e isso é muito importante. Quero que os jogos continuem, e seria ideal que todas as escolas fizessem também”, diz Luziane.

Quem também fez questão de participar foi a Júlia Vitória, de 7 anos. Diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ela diz que suas modalidades preferidas são vôlei, futebol e basquete. Para sua mãe, Luane dos Santos, de 23 anos, é importante que as crianças aprendam a respeitar as diferenças desde cedo.
“Eu acho que cada um tem que ter respeito, e é o que eu sempre ensino, que ela não pode excluir, por ter alguma deficiência ou não, falo que tem que tratar todo mundo igual. E é importante ter esse reforço de inclusão na escola também”, diz Luane.

Segundo a professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), Marcilene Tavares, o projeto é desenvolvido durante o ano todo, fazendo dá inclusão uma prática diária, e o evento aberto para a família e comunidade é uma forma expandir essa vivência, aproveitando uma data simbólica: o Dia Nacional do Surdo.

“É muito importante essa união, porque a criança atípica está interagindo com as outras crianças típicas. Então, através desse projeto, trabalhamos a inclusão, fazemos a sensibilização de toda a escola falando de cada deficiência. Realizamos também palestras e a culminância, que é esse momento dos jogos adaptados. Então, é muito importante ter essa interação porque influencia no desenvolvimento escolar de todos”, explica a professora.
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