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BAIXA COMPLEXIDADE NO HE

‘Fui na UBS e não consegui marcar consulta’, diz esposa de paciente sobre busca de atendimento no Hospital de Emergência de Macapá

Regina do Socorro, de 52 anos, é moradora do bairro Marabaixo e acompanhou o esposo em um serviço de baixa complexidade na unidade de urgência no Centro da capital.

Por Roberta Corrêa
19/09/2025 16h14
Regina do Socorro e o esposo Lúcio Souza, moradores do bairro Marabaixo, buscaram atendimento básico no HE, no Centro

Na manhã desta sexta-feira, 19, o Hospital de Emergência (HE) de Macapá registrou uma grande procura por atendimentos de pacientes com sintomas leves, como dor de garganta, dor de cabeça e pequenas lesões, casos considerados de baixa complexidade e que poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Foi o caso de Regina do Socorro, de 52 anos, que se deslocou do bairro Marabaixo, na Zona Oeste da capital, até a unidade hospitalar de urgência no Centro para investigar a suspeita de abscesso hepático no marido Lúcio Souza, de 40 anos. O HE é destinado aos casos mais graves e urgentes de risco à vida, como acidentes de trânsito, traumas, infartos e acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame.

“Fui na UBS e não consegui marcar consulta. É muita demora, toda vez uma data diferente para conseguir atendimento. Então eu vim logo ao HE, para ver se conseguia ser atendida ou encaminhada para um especialista. A gente fica preocupado, precisa de consulta e com medo de piorar para algo mais sério, procuramos direto o hospital, porque aqui sabemos que vai ter médico para olhar”, declarou Regina.

Segundo a direção do HE, atendimentos que não apresentam risco imediato podem ser resolvidos nas UBSs e UPAs. De acordo com a triagem, cerca de 50% das pessoas atendidas no hospital apresentam sintomas leves e devido ao fluxo incorreto sobrecarregam a estrutura e comprometem o atendimento de quem realmente precisa de socorro imediato, com risco iminente de vida. 

Segundo a direção do HE, atendimentos que não apresentam risco imediato podem ser resolvidos nas UBSs e UPAs

Os dados são baseados no Protocolo de Manchester, método de triagem que classifica o atendimento por nível de gravidade do quadro clínico do paciente. O diretor do HE, Djalma Guedes, reforça a necessidade de a população buscar o atendimento adequado em cada situação.

“Quando casos simples chegam ao hospital, ocupam espaço e tempo que deveriam estar direcionados a pacientes graves. Isso aumenta a espera para todos. Além disso, a UBS precisa garantir um acompanhamento mais próximo e contínuo da saúde do cidadão, com consultas regulares, prevenção e encaminhamento para especialistas quando necessário”, destacou o diretor.

Diretor do HE, Djalma Guedes
Protocolo de Manchester

Confira a classificação com base no Protocolo de Manchester:

🔴 Risco vermelho (emergência);
🟠 Risco laranja (muito urgente);
🟡 Risco amarelo (urgente);
🟢 Risco verde (pouco urgente); 
🔵 Risco azul (não urgente).

UBS x UPA

Cada tipo de unidade tem um papel específico dentro da rede pública de saúde. As UBSs estão preparadas para consultas, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação, testes rápidos e pequenos procedimentos. Já as UPAs funcionam como retaguarda para situações que exigem atendimento mais ágil, mas sem risco iminente de morte.

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ÁREA: Saúde