Economia verde: Governo do Amapá conclui oficinas de trabalho do Plano de Sociobioeconomia que será lançado na COP30
Após a finalização dos encontros participativos o instrumento gestor será consolidado para o lançamento oficial.

O Governo do Estado concluiu nesta quarta-feira,17, as Oficinas de Trabalho do Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (PEAS), o encontro participativo aconteceu no município de Oiapoque. O instrumento de gestão é uma política ambiental que fortalece o desenvolvimento sustentável da chamada economia verde, que abre novas oportunidades de trabalho e transforma os indicadores sociais, além de promover o crescimento da economia do estado e, assim, melhor qualidade de vida à população.

“O Plano posiciona o Amapá na liderança da sociobioeconomia, no Brasil inteiro se falava de bioeconomia e, aqui, nós começamos pelo ‘sócio’. O que isso significa? Que essa economia deve ser preferencialmente e primordialmente para as pessoas, beneficiar quem vive nas florestas, o indígena, o quilombola, o ribeirinho, os pescadores, ou seja, todas as comunidades tradicionais e também o homem urbano que vai beneficiar a matéria-prima e os insumos que virão do campo”, explicou o consultor contratado pela GCF, Sérgio Moreira.
A expansão da bioeconomia no Amapá representa a inserção na economia do futuro que alia sustentabilidade ao desenvolvimento social. O projeto permite que a riqueza da floresta seja usada de forma responsável e inovadora.
“O Amapá é um dos campeões mundiais em biodiversidade e o nosso desafio é ajudar a fazer com que essa biodiversidade se torne referência também em riqueza para essa população do estado”, completou Moreira.

O secretário adjunto da Sema, Cássio Lemos, afirma que 11 cadeias produtivas foram implementadas na construção do projeto para captação de recursos, sejam eles nacionais e internacionais. Nesta perspectiva, o Plano também será apresentado durante a Conferência do Clima, em Belém, no Pará.

“Finalizamos a construção do Plano com a realização de dois workshops, três oficinas e 11 cadeias produtivas de grande potencial econômico identificadas. E, tudo isso, foi construído com a população amapaense, ninguém melhor do que o amapaense que vive na ponta para falar de sustentabilidade, de bioeconomia e desenvolvimento com a floresta em pé. Além disso, o Amapá avança sob a condução do governador Clécio que cuida do presente com os olhos no futuro”, enfatizou Cássio.
As Oficinas organizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), reuniram consultores especialistas, representantes das comunidades locais e de vários segmentos, cooperativas, extrativistas, empreendedores, povos tradicionais, ribeirinhos e quilombolas que debateram a construção dos projetos com base nas cadeias produtivas do estado e com foco no uso responsável dos recursos naturais.
“Essa iniciativa é indispensável para o momento de avanço pelo qual o Amapá está vivendo, pois também conscientiza as pessoas sobre a importância de cuidar da floresta para o meio ambiente e para o crescimento de renda através da sociobioeconomia que gera desenvolvimento econômico beneficiando diretamente as famílias que trabalham com produtos e matéria-prima”, declarou o vereador da Câmara Municipal do município de Oiapoque, Thiago Bruno.

Participação na COP30
O processo de elaboração do Peas, foi apresentado pelo Governo do Amapá na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorreu no Azerbaijão com a presença de centenas de líderes mundiais. Na ocasião foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Governo do Estado e a Conservação Internacional do Brasil CI-Brasil.
Na fase de construção foi feito o mapeamento das cadeias produtivas do Amapá e 11 foram identificadas com grande potencial econômico a partir de seus ativos ambientais, sendo um valioso atrativo para investidores interessados no chamado negócios verdes, neste viés o PEAS fará parte das apresentações do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a “COP da Amazônia”, que será realizada em novembro.

“O Amapá está preparado para novas oportunidades, sobretudo, na geração de emprego, renda e crescimento econômico, respeitando os limites do meio ambiente e os povos da floresta”, pontuou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Taisa Mendonça.
O Plano passou pelas fases de diagnóstico, escuta ativa da população de forma geral, identificação e mapeamento das cadeias produtivas e o potencial econômico desses produtos locais, passou pela última etapa com a realização de oficinas de trabalho participativas e agora após ser concluído será consolidado para apresentação.

O Plano de Sociobioeconomia
Instituído por meio de decreto assinado em junho pelo governador Clécio Luís, o projeto conta com a participação de 10 órgãos, incluindo secretarias do Governo do Estado, e o apoio da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) e do Instituto do Clima e Sociedade (ICS).
A proposta do Plano busca fortalecer as atividades que transformam matéria-prima em produtos, incluindo a abertura de mercado consumidor. A partir das pesquisas realizadas, os indicadores apontaram fortes potenciais na cadeia produtiva do açaí, madeira, cacau, pescado, mandioca, óleos fármacos, castanha, plantas medicinais e turismo.
O projeto está alicerçado em uma gestão participativa, que envolve instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil e atores sociais diversos, fortalecendo a democracia ambiental com práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento econômico e social do Amapá, além de preparar o estado para a transição ecológica mundial.
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