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Samu do Amapá completa 19 anos salvando vidas e escrevendo histórias de coragem no resgate pré-hospitalar

Missa, homenagens e memórias marcaram a celebração nesta segunda-feira, 15, de quase duas décadas de dedicação à saúde pública.

Por Karla Marques
15/09/2025 18h00
Criado no Amapá em 11 de setembro de 2026, o Samu conta atualmente com 300 profissionais

O suporte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Amapá faz a diferença entre a vida e a morte de milhares de pacientes que recebem assistência pré-hospitalar no estado. Ao completar 19 anos, os profissionais celebraram nesta segunda-feira, 15, os avanços, desafios e, sobretudo, a eficiência e agilidade no socorro à população.

Aniversário teve bolo, missa, e homenagens

A equipe, que todos os dias veste o colete azul para enfrentar a imprevisibilidade das ruas, se reuniu para celebrar o aniversário com missa, café da manhã e um momento de homenagens, em que cada história lembrada reafirmou o valor da missão de salvar vidas.

FOTOS: Samu do Amapá celebra 19 anos como símbolo do atendimento pré-hospitalar que salva vidas

Missa, homenagens e memórias marcaram a celebração de quase duas décadas de dedicação a saúde pública

Criado no Amapá em 11 de setembro de 2006, o Samu estadual atua com 300 profissionais e realiza em média 3 mil atendimentos por mês. São cinco ambulâncias, entre suporte avançado e intermediário.

Entre as novidades está a descentralização das bases para as zonas Norte, Oeste (antiga Aifa) e Central, além do Grupo Tático Aéreo (GTA) e Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), ampliando a rapidez no atendimento.

Em 2025, o serviço incluiu a presença de fisioterapeutas nas equipes, aumentando a qualidade técnica e humanização dos atendimentos. A implantação do Serviço Aeromédico, em parceria com o GTA foi um marco para populações ribeirinhas e isoladas, garantindo respostas ágeis em situações críticas.

O Samu conta com 5 ambulâncias para atendimento à população

Emocionado, o diretor do Samu estadual, Donato Farias, lembrou da missão e do sentimento que guia o trabalho diário das equipes, e a responsabilidade de cuidar das pessoas, que vai além da assistência em saúde, pois cada resgate envolve compromisso e amor dos profissionais. 

Donato Farias, diretor do Samu Estadual

"Não estamos aqui não só para cumprir um protocolo, mas para celebrar. O Samu não é apenas sirene e ambulância, é coragem e humanidade. Cada vida salva não é um número, é um nome, uma família, um futuro resgatado. Essa é a marca de cada um de vocês", declarou.

Durante as comemorações foi realizado um momento de reconhecimento daqueles profissionais que desde a inauguração do Samu no Amapá, se dedicam a salvar vidas. 

Na atual gestão, a descentralização das bases levou equipes para a Zona Norte, Oeste, Central, GTA e Ciodes

Entre os profissionais está o enfermeiro obstetra, Robson Xavier, que atua desde a inauguração do serviço em 2006. Ele recordou as dificuldades do início, quando poucas equipes se desdobravam para atender toda a capital, Macapá.

Robson Xavier, enfermeiro obstetra do Samu

“Era um desafio diário, mas nós sabíamos a importância do que estávamos construindo. Eu lembro de casos que ficaram para sempre na memória, como o de uma professora vítima de violência que, mesmo em estado grave, pediu que eu não a deixasse morrer. Momentos como esse nos marcam profundamente e mostram o peso da nossa missão”, relatou Xavier.

A técnica de enfermagem, Maria Ilacy Rocha, reviveu com emoção um dos primeiros partos feitos pela equipe. Depois de 19 anos na equipe, ela garante que todo o trabalho valeu à pena.

"Foi no início do Samu. Quando chegamos de volta à base, cansados após uma madrugada de ocorrências, fomos recebidos com aplausos pelos colegas. Até hoje esse momento me emociona, porque vi que estávamos fazendo história. Hoje sou mãe e avó, e sigo com a mesma garra e amor de quando entrei", contou.

Maria Ilacy Rocha, técnica de enfermagem do Samu

Para o médico Ednilson Castro Ribeiro, a pandemia da Covid-19 foi o capítulo mais marcante da trajetória profissional dele no Samu. Nenhum deslocamento foi mais desafiador do que as remoções de pacientes para os hospitais. 

Ednilson Castro Ribeiro, médico do Samu

“Ali todos nós refletimos sobre o valor da vida. Eu mesmo adoeci e precisei ser internado, deixei de ser médico e virei paciente. Isso mudou a minha forma de olhar cada pessoa atendida. O Samu se tornou meu segundo lar e agradeço por fazer parte dessa história”, destacou o médico.

Compromisso com a população!

Entre lembranças de perdas, superações e vidas salvas, o clima da celebração foi de gratidão e esperança. “O Samu é a mão estendida que chega no momento mais difícil. Não desistam, não se calem. Continuem sendo a diferença entre a vida e a morte”, reforçou Donato Farias.

Dezenove anos depois da primeira sirene ligada em Macapá, o Samu segue pulsando como promessa de socorro, de esperança e de humanidade. Cada profissional que veste o uniforme carrega nas mãos não apenas a responsabilidade de atender, mas o orgulho de ser parte de uma história que já salvou milhares de vidas no Amapá.

Equipe de profissionais que há anos atuam no Samu estadual

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ÁREA: Saúde