Papel da Rede de Atenção Psicossocial do Amapá no SUS é destaque durante programação do Setembro Amarelo
Campanha é incentivada pelo Governo do Estado para garantir equidade e enfrentamento a toda e qualquer forma de preconceito e estigmatização da saúde mental.

No Amapá, o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) tem sido um dos compromissos do Governo do Estado durante a campanha Setembro Amarelo, reforçando a importância da saúde mental e do cuidado coletivo. Coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a rede integra serviços e profissionais que atuam diretamente na prevenção e no acolhimento das pessoas em sofrimento psíquico.
Dentro dessa mobilização, a coordenadora de Saúde Mental da Sesa, Marlúcia Milhomem, participou nesta quinta-feira, 11, de uma programação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), ocasião em que apresentou o papel da Raps no Sistema Único de Saúde (SUS) no Amapá.

“A rede é viva, dinâmica e só se fortalece quando cada instituição assume sua responsabilidade no cuidado com a vida”, ressaltou.
A Raps reúne diferentes instituições públicas e privadas, como Ministério Público (MP-AP), Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), secretarias municipais, unidades de referência clínica e serviços especializados do Governo do Estado, entre eles, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), as secretaria de Estado da Segurança Pública e da Educação, pelo projeto "Nós na Rede", coordenado pelo Centro de Valorização da Educação (CVEDuc), e unidades de pronto atendimento e hospitais estaduais.
“Essa rede integrada assegura não apenas acolhimento e suporte emocional, mas também a garantia dos direitos humanos”, explicou a coordenadora.

Caps: cuidado e acolhimento
Um dos pontos centrais da palestra foi o papel do Caps Gentileza e Caps AD Acolher (Álcool e Droga), que atuam como instrumentos de cuidado em liberdade e acolhimento. No Amapá, eles estão presentes em seis municípios com mais de 15 mil habitantes: Mazagão, Macapá, Santana, Oiapoque, Laranjal do Jari e Porto Grande.
Na capital, o Caps Gentileza, que fica no bairro Jesus de Nazaré, funciona em regime de 24 horas, oferecendo estabilização e observação a pacientes em crise. O Caps AD Acolher, funcionando agora em novo prédio, no mesmo bairro, deve atender dia e noite a partir de novembro. No entanto, segundo a coordenadora, o papel da instituição tem chegado de forma equivocada à população, com ‘memes’ publicados nas redes sociais, que devem ser combatidos.
“Infelizmente, muitas vezes as redes sociais propagam uma visão equivocada e preconceituosa sobre os Caps. Nosso desafio é quebrar esses estigmas e reforçar que esses espaços devolvem dignidade, autonomia e qualidade de vida às pessoas em sofrimento mental”, enfatizou a coordenadora.

A gestora também lembrou que a primeira referência da população no acesso ao cuidado em saúde mental são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Esses espaços contam com equipes multiprofissionais que fazem a escuta inicial e, quando necessário, encaminham os usuários para os serviços especializados.
“É na atenção primária que começa o cuidado, com escuta, acolhimento e orientação qualificada”, acrescentou Marlúcia.
Compromisso do Governo
O Governo do Amapá, em parceria com diferentes órgãos, fortalece continuamente a rede de atenção à saúde mental, garantindo equidade no cuidado e enfrentando toda forma de preconceito ou discriminação. O objetivo é assegurar que qualquer pessoa em sofrimento psíquico encontre acolhimento e acompanhamento adequado.
Neste ano, a campanha Setembro Amarelo reforça a necessidade de união entre Estado, municípios e sociedade civil para ampliar a conscientização sobre a prevenção ao suicídio e o cuidado com a saúde mental.
“O Governo do Amapá tem trabalhado para expandir serviços especializados e desmistificar preconceitos, mostrando que saúde mental é direito de todos. Nosso objetivo é sensibilizar a sociedade para a valorização da vida, estimulando o diálogo aberto e sem tabu sobre saúde mental e prevenção do suicídio. Falar sobre o tema é essencial para salvar vidas e fortalecer vínculos de cuidado”, considera Marlúcia.
Setembro Amarelo no Senac

A programação realizada pelo Senac contou com mesas-redondas, oficinas, painéis e palestras voltadas para estudantes, profissionais e comunidade. Para a coordenadora técnico-pedagógica do segmento Saúde do Senac Amapá, Maria Luiza Yohana, a iniciativa é um compromisso institucional com a valorização da vida.
“Para nós, enquanto instituição de educação profissional, é fundamental promover espaços de escuta, acolhimento e conscientização. O Setembro Amarelo é um momento de unir forças para mostrar que cada pessoa tem onde buscar ajuda e que falar sobre os sentimentos pode transformar vidas”, destacou.
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