Ciclo de palestras da Universidade do Estado do Amapá debate sobre a obra e memória de escritores amapaenses

No dicionário Michaelis, a palavra “insólito” pode ser definido como não habitual, extraordinário, raro. Palavra que pode definir a literatura dos escritores convidados para o 9° Ciclo de Palestras de Escritores da Literatura do Amapá, iniciado na quinta-feira, 4, no auditório da Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

Não é à toa que o título da mesa de abertura do evento é "Onde o rio sussurra segredos: o insólito no imaginário literário amapaense", que foi composta pelos autores Gabriel Yared, Bruno Sérvulo, Yueh Fernandes e Luciano Duarte, literatos amapaenses ou que moram no Amapá e que trabalham na vertente do não convencional, seja nos temas ou na maneira de contar as histórias.

A professora Jennifer Yara, membro da comissão de organização do evento, responsável pela reunião desses artistas, acredita que o conhecimento repassado por eles, é de muita valia para universidade e também para a comunidade em geral.

“O Ciclo de Palestras traz essa literatura que ocorre em todo o estado para dentro da universidade, e leva também essas falas e reflexões para o público em geral, interessado em conhecer a literatura amapaense, que também sempre é convidado para participar do evento”, declarou a professora Jennifer.

Para a estudante do curso de Licenciatura em Letras da Ueap, Ana Paula Martins, poder ver de perto e estabelecer diálogos com esses autores contribui positivamente com a formação dos acadêmicos, além de ser importante para o desenvolvimento da literatura amapaense.

“Esse encontro é fundamental, porque além de estabelecer o contato dos escritores amapaenses com os próprios estudantes do ensino superior, posteriormente, ele permitirá o contato dos estudantes do ensino médio e fundamental com a literatura, quando esses acadêmicos da graduação começarem a atuar nas salas de aula”, explicou a estudante.

Um dos escritores presentes na mesa, Bruno Sérvulo, pontuou que momentos como esse servem, além de levantar discussões interessantes sobre a literatura no Amapá, fazer com que mais pessoas possam conhecer o trabalho dos escritores locais.

“É importante divulgarmos nossos novos autores que estão iniciando e não tem tanta visibilidade no mercado. É uma oportunidade de apresentarmos nossa arte e nossa literatura”, disse o professor e escritor.

Exibição do curta Rasga

Na abertura do evento foi reproduzido para o público o curta-metragem “Rasga”, do diretor Elielson Júnior, que explora elementos do suspense e do terror, utilizando a lenda regional da Matinta Pereira. O filme foi gravado nas comunidades do Distrito do Apurema e Santo Antônio da Pedreira, em 2020, e foi exibido em vários festivais de cinema.

Segundo dia do 9° Ciclo de Palestras de Escritores da Literatura do Amapá

E nesta sexta-feira, 5, o evento encerrou com outra mesa-redonda que debateu as obras de dois autores: o escritor e promotor de justiça Mauro Guilherme e o acadêmico e escritor, Fernando, falecidos nos anos de 2021 e 2024, respectivamente. Celebrando o legado e a memória que esses autores deixaram na cultura do Amapá.

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