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INOVAÇÃO NA AMAZÔNIA

'Estamos desenvolvendo produtos sustentáveis para a construção civil', destaca empreendedor no Aquário da Inovação na 54ª Expofeira do Amapá

Maico Carvalho, fundador e CEO da Mazodan, realizou o pré-lançamento do primeiro produto da startup durante o evento: uma argamassa polimérica inovadora, desenvolvida a partir de rejeitos de mineração e da lama do Rio Amazonas.

Por Flávio Sousa
05/09/2025 16h46

Colaboração de Petton Laurindo

Maico Carvalho, fundador e CEO da Mazodan, realizou o pré-lançamento do primeiro produto da startup durante a 54º Expofeira do Amapá

Durante a programação do Pavilhão Aquário da Inovação, na 54ª Expofeira do Amapá, o empreendedor Maico Carvalho, fundador e CEO da Mazodan, apresentou ao público o pré-lançamento do primeiro produto desenvolvido pela startup: uma argamassa polimérica sustentável, criada a partir de rejeitos de mineração e da lama do Rio Amazonas.

Queremos mostrar que inovação de verdade também nasce na Amazônia, e que soluções sustentáveis não precisam vir de fora. O que estamos fazendo aqui é só o começo. Desde o primeiro dia da feira, temos recebido um retorno impressionante. O interesse é que estar vindo de grandes empresas até do profissional autônomo da construção. É esse o papel da Expofeira, abrir portas para soluções inovadoras e mostrar o que o Amapá tem de melhor”, comemora Michel Carvalho.

A Mazodan, que se destaca como a primeira construtech da Amazônia, tem como missão desenvolver tecnologias voltadas à sustentabilidade no setor da construção civil. O produto apresentado representa um marco na busca por soluções ambientalmente responsáveis e de alta performance.

“Enquanto a produção de um saco de cimento (50 kg) pode gerar até 42 kg de CO₂ na atmosfera, nosso produto atua na redução direta dessa emissão. Além disso, por meio de uma tabela de desempenho que desenvolvemos, mostramos que, a cada 1.000 m² construídos com nossa tecnologia, é possível alcançar uma economia de até 42% em relação ao modelo convencional”, explicou Maico Carvalho, a inovação vai além da sustentabilidade ambiental.

Com apenas 3 kg da nova argamassa, é possível substituir até 60 kg de argamassa cimentícia tradicional, o suficiente para construir de 2 a 3 metros quadrados de parede. Além disso, a tecnologia contribui diretamente para a redução do impacto ambiental, ao transformar resíduos que antes representavam passivos ecológicos em insumos úteis para o setor.

A Mazodan, que se destaca como a primeira construtech da Amazônia, tem como missão desenvolver tecnologias voltadas à sustentabilidade no setor da construção civil

Tecnologia verde, feita no Amapá

Criada em 2022, a Mazodan aposta na valorização dos sedimentos do Rio Amazonas e dos rejeitos minerais inertes, antes tratados apenas como resíduos prejudiciais ao meio ambiente. Com uma formulação exclusiva, a argamassa biocomposta é leve, econômica e ecológica. Apenas 3 kg do produto substituem até 90 kg da argamassa convencional, cobrindo de 2 a 3m² de parede.

A proposta resolve dois grandes problemas de forma simultânea, a destinação correta dos sedimentos que causam assoreamento nos rios e a redução do impacto ambiental da construção civil, um dos setores que mais consome recursos naturais no mundo.

Além disso, o material proporciona mais rendimento, menos desperdício e melhora nas condições de trabalho, já que é mais fácil de aplicar.

Reconhecimento nacional

Em 2023, a Mazodan ganhou projeção ao vencer o Desafio Expo Favela, evento que celebra o empreendedorismo das periferias brasileiras. A startup de Santana levou o prêmio de R$ 80 mil ao apresentar uma solução que une inovação, sustentabilidade e impacto social.

Agora, na Expofeira, a Mazodan consolida a presença local e mostra que pode ser referência nacional em materiais de construção verdes e acessíveis.

Um novo capítulo para o setor da construção

A participação da Mazodan na Expofeira marca não apenas o pré-lançamento do principal produto, mas também a abertura de uma nova cadeia produtiva baseada na bioeconomia amazônica. É uma amostra concreta de que é possível gerar riqueza com responsabilidade ambiental, aproveitando o potencial natural da região com inteligência e tecnologia.

A iniciativa integra as ações de incentivo à inovação e ao empreendedorismo tecnológico apoiadas pelo Governo do Estado do Amapá, que vê na Expofeira uma vitrine para soluções que promovam o desenvolvimento sustentável, com valorização dos recursos naturais da região e geração de novas oportunidades econômicas.

A maior Expofeira de todos os tempos. Pra movimentar o Amapá! 

Com o tema "Amazônia Sustentável e Desenvolvida", a 54ª Expofeira do Amapá iniciou no sábado, 30, e segue até 7 de setembro. Realizado pelo Governo do Estado e a Associação dos Músicos e Compositores (AMCAP), o evento é a maior edição da história, com uma área 46% maior que no ano passado. Com cerca de 482 empresas expositoras, a maior vitrine de negócios e oportunidades da Amazônia marca a geração histórica de 100.870 mil empregos formais no estado. São 20.637 mil novos empregados desde janeiro de 2023, um crescimento de 25% em dois anos e sete meses de gestão. Além disso, a 54ª Expofeira deve movimentar, em média, mais de R$ 600 milhões em negócios, impulsionando setores como agronegócio, energia limpa e empreendedorismo popular.

A programação é diversa, com mais de 500 atrações culturais, incluindo um Espaço Gastronômico, um Parque de Diversões e eventos esportivos. Para garantir a segurança dos visitantes, o efetivo foi reforçado em 35%. Além disso, estratégias de atendimento de urgência e emergência também são ampliadas. A feira sedia ainda a 1ª ExpoAmazônia, em preparação do Amapá para a COP30 com destaque ao potencial do estado no desenvolvimento sustentável e economia verde.

Com apoio cultural do presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues, do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, e da Cervejaria Império, a programação também recebe shows nacionais gratuitos ao público. No line-up, foram confirmados artistas como Ivete Sangalo; Alexandre Pires; as duplas sertaneja Henrique & Juliano e Jorge & Mateus; Xand Avião, Manu Bahtidão; Léo Foguete; Cassiane e Maria Marçal. Além das bandas de forró Calcinha Preta e Limão com Mel; a banda de rock cristão Rosa de Saron; e o “Festival das Aparelhagens” com nove grupos do Amapá na Arena das Rainhas.

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