Dois sambas de compositores do Amapá seguem para a final do concurso de samba-enredo da Mangueira no Rio de Janeiro
Com apoio do Governo do Amapá, sambas 103 e 105 de artistas tucujus entram para a história ao levar a Amazônia Negra para a disputa o hino da verde e rosa.

Os sambas de número 103 e 105 foram os grandes vencedores da etapa Amapá do concurso de samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira e agora seguem para disputar a final no Rio de Janeiro (RJ). A escolha aconteceu na noite deste sábado, 23, no Trapiche Santa Inês, em Macapá, em um evento que reuniu compositores, músicos, torcidas organizadas e amantes do carnaval em uma atmosfera de celebração popular.
O enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Floresta Negra” inspirou os artistas amapaenses a traduzirem em versos a sabedoria popular e a força da espiritualidade amazônica, homenageando o pesquisador dos saberes da floresta, Mestre Sacaca. O resultado deu ao Amapá um feito inédito, pela primeira vez, composições nascidas no estado disputarão espaço no carnaval da verde e rosa, uma das escolas mais tradicionais do Brasil.
Os vencedores receberão apoio do Governo do Amapá com passagens, ajuda de custo e toda a estrutura necessária para representar o estado na semifinal do concurso no Rio de Janeiro.

A iniciativa só foi possível graças ao diálogo do governador Clécio Luís com a presidente da Mangueira, Guanayra Firmino, e à articulação do senador Davi Alcolumbre, que construíram a ponte entre o carnaval carioca e a produção cultural amapaense, viabilizando o intercâmbio cultural. O concurso contou ainda com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesap).
“É um momento histórico, estamos muito felizes em ver duas composições sendo escolhidas, mas todas os sambas ficaram lindos, deram trabalho para os julgadores e os compositores mostraram que o Amapá tem potência, poesia, melodia e identidade capazes de ecoar na Sapucaí, maior vitrine do Carnaval do País. É um orgulho ver a Amazônia Negra se apresentando para o mundo”, comemorou a secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli.

Para o vice-presidente da Mangueira, Moacir Barreto, a etapa realizada no Amapá representa um marco para a história do samba. “A Mangueira sempre foi a voz do povo e da raiz. Ver compositores amapaenses ocupando esse espaço é a prova de que o carnaval também é Amazônia, também é floresta. Esse encontro é histórico e fortalece ainda mais a identidade da escola. Hoje, podemos dizer que Mangueira não somente tem seis sambas escritos pelo Amapá, como também, tem uma bateria completa aqui no estado”, destacou.
Os compositores vencedores não esconderam a emoção de representar o Amapá no maior palco do samba.
“É um orgulho imenso ver um samba do Amapá, criado sob a liderança do mestre Francisco Lino, de 92 anos e amigo de Sacaca, chegar à final da Mangueira. Que Sacaca nos abençoe para que nossa obra seja escolhida e leve a voz do povo amapaense à Sapucaí, em 2026”, declarou Camila Lopes, uma dos autores do samba 105.

“Esse momento é histórico para todos nós. Estamos orgulhosos do resultado e só temos a agradecer ao Governado do Amapá, a Mangueira e todos os envolvidos para a realização desse concurso que nos permitiu essa oportunidade e também, a todos que nos ajudaram a embalar o nosso samba nas redes sociais e em todos o cantos. Cada verso que escrevemos é um pedaço da nossa identidade. Estar entre os finalistas da Mangueira é provar que o Amapá tem poesia e musicalidade à altura do carnaval carioca“, destacou Piedade Videira, uma dos compositores do samba 103.

Com a vitória dos sambas 103 e 105, o Amapá consolida sua presença no maior espetáculo popular do país, escrevendo uma página inédita na história do carnaval brasileiro, levando para o Rio de Janeiro a força da cultura amazônica.
Conheça os compositores e parcerias vencedoras:
• Samba nº 103, “Verônica dos Tambores”, criado pela equipe formada por Verônica dos Tambores, Piedade Videira, Laura do Marabaixo, Antonio Neto, Clóvis Júnior e Marcelo Zona Sul.
• Samba nº 105, de autoria de Francisco Lino, Hickaro Silva, Camila Lopes, Silmara Lobato e Bruno Costa.
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