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DEMANDAS INDÍGENAS

'Nossas roças são nossas vidas', diz participante da 15ª Assembleia Geral do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas

O cacique Sérgio Silva, de 54 anos, da etnia Galibi Marworno, participou do segundo dia de plenária que trouxe debate sobre o combate à crise fitossanitária nas roças indígenas.

Por Bianck Bastos
21/08/2025 10h00
O cacique Sérgio Silva, de 54 anos, da etnia Galibi Marworno, participou do segundo dia de plenária

Assuntos como a crise fitossanitária e a educação indígena foram as pautas tratadas no segundo dia da 15ª Assembleia Geral do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas (CCPIO), apoiada pelo Governo do Amapá. O cacique Sérgio Silva, de 54 anos, da etnia Galibi Marworno, foi um dos participantes da plenária que contribuiu com soluções para melhorar a segurança alimentar dos originários.

“Nossas roças são nossas vidas, precisamos de estrutura de equipamento para nossos agricultores indígenas trabalharem, é necessária uma programação de rotina para visitar as comunidades. Nós indígenas também temos nossas técnicas, a Embrapa, Rurap, SDR, precisam passar em todas as comunidades para saber a realidade de todas. Se a mandioca não está dando certo, vamos ver outras técnicas e projetos para investir em mudas diferenciadas para nossas roças. Todo cuidado é pouco, vamos trabalhar juntos para podermos avançar”, pediu o cacique Sérgio Silva, 54, da etnia Galibi Marworno.

Evento reforça conhecimento ancestral aliado a ferramentas da assistência técnica
Assembleia conta com a participação dos 68 caciques e demais lideranças representantes

Além dos Agentes Ambientais Indígenas (Agamins) contratados pelo Governo do Estado, como um dos instrumentos de soluções sustentáveis para os territórios indígenas, principalmente no combate à praga da mandioca que acomete as plantações nas roças, também é promovido a "Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Indígenas de Oiapoque", com a proposta de reforçar a agricultura tradicional com base no diálogo entre o conhecimento ancestral e as ferramentas da assistência técnica.

Titular da Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas, Sonia Jeanjacque

"O fungo nas plantações de mandioca foi igual a chegada da pandemia, ninguém tinha uma fórmula para deter, então ainda buscamos soluções para combater a praga nas roças. Também temos uma linha de atuação de pesquisa para ver o que temos que fazer, quais são as manivas que podemos estar trabalhando, e o Governo do Estado tem essa preocupação em relação ao enfrentamento da crise fitossanitária. A Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas faz essa articulação, de explicar as outras secretarias sobre como chegar nos territórios, como elaborar um planejamento de combustível, portanto, o nosso papel é explicar a peculiaridade da população indígena", explicou a gestora da Sepi, Sonia Jeanjacque.

O projeto ATER é resultado de uma articulação entre o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), além disso, o programa foi pensado a partir das demandas dos próprios povos originários. 

Extensionista agropecuário do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap)

“O Governo do Amapá reafirma seu compromisso com as comunidades indígenas, garantindo apoio técnico e estrutural para enfrentar os desafios que afetam a produção agrícola e a segurança alimentar. Com a parceria do Governo Federal, por meio da Anater, vamos fortalecer as ações do projeto, assegurando visitas regulares, assistência técnica e o incentivo a projetos produtivos que promovam autonomia e qualidade de vida às famílias indígenas. Além dos Agentes Ambientais Indígenas (Agamins), há 8 técnicos engenheiros agrônomos e assistentes sociais para acompanhar os Agamins nas terras indígenas”, explicou o extensionista agropecuário do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap).

O Programa ATER Indígenas do Oiapoque é considerado pioneiro no país por unir a atuação de órgãos estaduais e federais com a sabedoria dos povos indígenas, promovendo soberania alimentar, valorização cultural e desenvolvimento sustentável.

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