Amapá por Todas Elas: Governo do Estado combate violência contra a mulher com orientações em escolas públicas
Campanha do Governo do Amapá, em referência ao Agosto Lilás, leva conscientização sobre respeito, direitos e igualdade de gênero aos jovens.
Nesta quarta-feira, 20, a Escola Estadual Azevedo Costa, em Macapá, foi palco de mais uma ação da campanha “Amapá por Todas Elas”, promovida pelo Governo do Estado em referência ao Agosto Lilás. A iniciativa leva às escolas públicas palestras sobre o combate à violência contra a mulher, com o objetivo de sensibilizar e engajar os jovens na construção de uma sociedade mais justa e segura para todas.
A campanha, coordenada pela Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SEPM), busca trabalhar desde cedo temas como empatia, igualdade de gênero, violência doméstica e o papel da Rede de Atendimento à Mulher (RAM) no Amapá. Ao incluir a juventude nesse debate, o Governo do Estado aposta na educação como ferramenta de transformação social.
A programação teve início na segunda-feira, 18, na Escola Estadual Esther Virgulino, na Zona Norte da capital. Lá, os alunos participaram de atividades interativas que abordaram os tipos de violência, os avanços da Lei Maria da Penha, além de questões como bullying e relacionamentos abusivos.
Márcia Corrêa, assessora psicossocial do Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf), ressaltou que a escola é um espaço essencial para transformar mentalidades.
Para Márcia, ao se trabalhar esses temas com os jovens, cria-se uma oportunidade real de romper com padrões que perpetuam a violência.
Já o assessor jurídico do Camuf, Dr. Abrahão Jara, destacou que o enfrentamento à violência contra a mulher não deve se limitar à punição dos agressores.
Segundo Jara, investir na base educacional é uma forma eficaz de prevenir os abusos e garantir que os direitos das mulheres sejam compreendidos e respeitados desde a adolescência.
Entre os estudantes, o impacto da ação também foi perceptível. Para o aluno do ensino médio, Richard Gabriel Mourão, o momento foi de despertar e reflexão “Eu não tinha noção de que certos comportamentos que vemos no dia a dia são, na verdade, formas de violência. Agora sei que a gente também tem responsabilidade em combater isso”, afirmou Mourão.
A psicóloga do Camuf, Kellen Monteiro, que participou das rodas de conversa, também destacou a importância da escuta e da fala nesse ambiente escolar.
“O simples fato de permitir que os jovens falem e ouçam sobre violência já é um avanço. Muitos carregam dúvidas, medos ou até experiências pessoais, e precisam saber que há apoio, orientação e rede de acolhimento”, complementou a psicóloga.
A campanha continua ao longo da semana em outras unidades escolares da rede pública estadual, promovendo não apenas informação, mas atitudes transformadoras. A cada escola visitada, o projeto reafirma o compromisso do Governo do Estado com uma educação que forme cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para promover uma cultura de paz e respeito mútuo.
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