Hemoap realiza mais de 180 exames em pacientes com anemia falciforme e previne casos de AVC após implantação de procedimento não invasivo
Disponibilizado pelo Governo do Amapá, o doppler transcraniano avalia o fluxo sanguíneo cerebral e identifica obstruções nas artérias que podem causar derrames.
Desde que o Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap) implantou o exame de doppler transcraniano no estado, mais de 186 atendimentos já foram realizados em pacientes com anemia falciforme. O exame é essencial na prevenção de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, antes, só estava disponível por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
A oferta do serviço é fruto do compromisso do Governo do Amapá de priorizar a saúde pública como imediata e inegociável, com a ampliação da assistência à saúde especializada e humanizada. Agora, o exame é realizado semanalmente, com encaminhamento feito no próprio Hemoap, em Macapá.
O doppler transcraniano é uma ultrassonografia especializada que avalia o fluxo sanguíneo cerebral e identifica obstruções nas artérias que podem causar derrames. Segundo a biomédica e diretora técnica do Hemoap, Hellen Bittencourt, a realização do exame é essencial para os pacientes com anemia falciforme, que apresentam maior risco de complicações vasculares e neurológicas.
"A obstrução dos vasos cerebrais, muito comum nos pacientes falciformes, pode levar a derrames que resultam em sequelas graves ou até na morte. O doppler permite identificar esses riscos precocemente", explicou a diretora.
Com a realização do exame no próprio estado, o número de atendimentos tem se mantido constante: foram 75 pacientes atendidos em 2023, 73 em 2024 e, até julho de 2025, já são 38 atendimentos realizados. Todos os procedimentos são feitos mediante encaminhamento do hematologista do instituto.
"A oferta do doppler transcraniano no Amapá representa um avanço significativo no cuidado com as pessoas que convivem com a anemia falciforme, promovendo mais dignidade, segurança e qualidade de vida a essas famílias", reforça a médica hematologista, Luciana Campos.
A disponibilidade do procedimento no Amapá reduz a necessidade da busca por atendimento especializado fora do estado. É mais um passo do Governo do Estado em direção à saúde acessível e resolutiva para todos os amapaenses. Para ter acesso ao exame, o paciente falciforme deve procurar o Hemoap e realizar o cadastro. O atendimento segue o cronograma de consultas e avaliações da instituição.
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