CineLGBT: Governo do Amapá usa cinema como ferramenta de resistência e enfrentamento ao preconceito
Evento no Centro AMA LBTI, em Macapá, celebra o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ com arte, debate e protagonismo.
O Governo do Amapá realizou nesta sexta-feira, 27, uma ação em defesa da diversidade e dos direitos humanos no Centro AMA LBTI, em Macapá. O “CineLGBT, arte cinematográfica como ferramenta de transformação social" integra a programação do Mês do Orgulho LGBTQIAP+ e reforça o compromisso da atual gestão com a visibilidade e o enfrentamento à violência.
Com uma curadoria voltada à representatividade, o evento, além da exibição de filme, foi uma oportunidade de diálogo, acolhimento e conscientização em uma das regiões do país onde a comunidade LGBTQIAP+ ainda enfrenta altos índices de preconceito e invisibilidade.
“O cinema é uma ferramenta poderosa para provocar reflexão, criar empatia e denunciar realidades que muitas vezes são silenciadas. Com o CineLGBT, mostramos que arte também é resistência”, afirma Simone de Jesus, coordenadora do Centro AMA LBTI.
Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, em 2023 foram registrados mais de 257 assassinatos de pessoas LGBTQIAP+ no Brasil, número que pode ser ainda maior, especialmente em regiões como o Norte, onde muitos casos sequer são denunciados.
Criado como espaço de acolhimento à população LGBTQIAP+ no Amapá, o Centro AMA LBTI oferece atendimento com equipe multidisciplinar e promove ações culturais, educativas e informativas. O CineLGBT foi pensado como um momento de fortalecimento da autoestima, da identidade e dos direitos da comunidade.
A presença de profissionais de diversas áreas também reforça a importância da ação. Para o professor de Direito da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Pablo Lessa, o fortalecimento da cidadania LGBTQIAP+ passa por reconhecer a arte como ferramenta de transformação social e jurídica.
“A cultura tem um papel fundamental na formação da consciência cidadã. O CineLGBT mostra que a luta por direitos vai além das leis: é também uma luta por visibilidade, por humanidade e por espaços de fala e escuta”, ressaltou o professor.
A programação é gratuita e aberta ao público. As políticas públicas do Governo do Amapá reforçam o reconhecimento de que a construção de uma sociedade mais justa começa com o respeito e a valorização das múltiplas formas de ser e amar.
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