Universidade do Estado do Amapá celebra aula magna do primeiro curso de mestrado da instituição
Evento contou com palestra de Antônio Gomes de Souza Filho, diretor de avaliação da Capes, e marcou o início de uma nova fase para a pós-graduação no Amapá.

A Universidade do Estado do Amapá (Ueap) atingiu um marco na história da pesquisa científica na Amazônia nesta segunda-feira, 2, com a realização da Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais Amazônicos (RENAmazon). O evento, realizado no Auditório Central do Campus I, reuniu acadêmicos, pesquisadores e autoridades para celebrar o início de um mestrado que promete impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
Com o tema “Ciência e Sociedade: Encontros e Desencontros”, o professor Dr. Antônio Gomes de Souza Filho, diretor de Avaliação e presidente em exercício da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), conduziu uma palestra inspiradora, destacando a importância da integração entre conhecimento científico e as demandas sociais regionais.

"É com grande satisfação que inauguramos esse nosso primeiro programa de mestrado, o nosso maior objetivo é qualificar os recursos humanos que já possuímos para que nós mesmos possamos desenvolver trabalhos que promovam o desenvolvimento da Amazônia ancorados no aspecto da sustentabilidade, que é um dos fundamentos centrais da nossa região”, afirmou o professora Dra. Marcela Videira, coordenadora do programa RENAmazon.
O programa possui duas linhas de pesquisa: “Conservação e territorialidade” e “Inovação de recursos naturais amazônicos”, com previsão de abertura de editais uma vez por ano. Estiveram presentes também na celebração a reitora da Ueap Kátia Paulino, reitor do Instituto Federal do Amapá (Ifap) Romaro Silva e o diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap) Gutemberg Vilhena.
Um marco para a pesquisa no Amapá
Criado para capacitar mestres em ciências agrárias e ambientais, o RENAmazon tem como missão fomentar a produção de conhecimento e desenvolver estratégias empreendedoras para a conservação da biodiversidade amazônica.
O tecnólogo em mineração Thiago Pinheiro é um dos mestrandos desta primeira turma do RENAmazon. Formado pelo Ifap, Pinheiro afirma já ter tido oportunidade de iniciar seu mestrado em outras regiões.

“Como eu já atuo em uma mineradora, tive muitas oportunidades de fazer pós-graduações fora, mas sempre tive esse olhar para o meio-ambiente, aos recursos hídricos e eu vejo que o RENAmazon tem isso como seu foco primordial, além do que, essa aqui é a minha casa, é o meu estado, e pra mim é de grande importância estar aqui, aprender e compartilhar conhecimento e levar esse know-how para dentro da Amazônia”, ressaltou Pinheiro.
Novas políticas para a ciência na Amazônia
Gutemberg Vilhena, da Fapeap, anunciou mais duas bolsas de pesquisa para o programa RENAmazon e garantiu mais 10 vagas para as chamadas Bolsas Produtividade – que são financiamentos destinados a pesquisadores com destacada produção científica ou tecnológica, custeado pelo CNPq.
“O governo do Amapá aderiu à iniciativa de descentralizar as verbas do CNPq, assim podemos garantir que a Ueap terá até 13 pesquisadores contemplados no próximo edital”, afirmou Vilhena.

Com essas medidas, a Ueap alcança 50% de bolsistas entre os alunos de mestrado. “Poucas instituições têm a iniciativa de colocar no seu orçamento próprio bolsas para programas de pós-graduação, nesse sentido a UEAP está de parabéns”, pontuou Antonio Gomes, da Capes.
O diretor também anunciou ainda uma nova política de aprovação para cursos de pós-graduação, visando uma flexibilização nas formalidades para aprovação dos cursos, a depender das características regionais de cada universidade.
“Às vezes uma pós-graduação não é aprovada por meras questões formais, isso nós vamos corrigir já para o próximo edital. Não podemos exigir de uma universidade de uma região mais afastada dos grandes centros, com muito menos população, que ela tenha que cumprir os mesmos critérios de aprovação de uma universidade que vive uma situação mais favorável”, afirmou Antonio Gomes. “Vamos flexibilizar, sim, porém sem que isso afete a qualidade da nossa avaliação. Por exemplo: se é exigido 12, 15 professores doutores como critério de aprovação, podemos relaxar esse mínimo exigido, dependendo da região”, finalizou.
Celebração com sabor amazônico
Após a palestra, os participantes foram convidados ao Coquetel Amazônico, com produtos típicos da região, simbolizando a riqueza cultural e natural que o programa pretende estudar e valorizar. O momento também serviu para networking entre alunos, professores e convidados, fortalecendo parcerias acadêmicas.
Com turma inaugural já em andamento, o RENAmazon consolida a Ueap como um polo de excelência em pesquisa, reforçando o compromisso do Amapá com o futuro da Amazônia.
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