Projeto com sementes de jucá desenvolvido por alunos de escola estadual do Amapá é destaque em evento científico no Ceará
Grupo da Escola Estadual Araçary Corrêa Alves apresentou ideia para pessoas de todo o país entre os dias 11 e 15 de maio.

Um projeto desenvolvido por estudantes da Escola Estadual Araçary Corrêa Alves, em Macapá, conquistou o quarto lugar geral na categoria "Ciências Agrárias" na Expo Nacional MILSET Brasil 2025, feira de divulgação científica realizada em Fortaleza (CE). O evento, que aconteceu entre os dias 11 e 15 de maio, destacou a inovação e o talento dos jovens pesquisadores do Amapá.
A comitiva, formada pelos alunos do 1º ano do ensino fundamental Cauã Franco, Cristine de Lima e Sophia Magalhães, o professor orientador Clodoaldo Costa e a diretora Markly Machado, apresentou o projeto intitulado "Efeitos da escarificação mecânica em sementes de Jucá", que nasceu em sala de aula em 2022 para buscar soluções para a "dormência" das sementes de jucá, o que dificultava a germinação.

Além do impacto científico, o projeto se tornou uma ferramenta pedagógica multidisciplinar. Através da criação de textos, utilização de sequências numéricas, medidas de tempo, cálculos e análise de tabelas, os alunos aprimoraram suas habilidades em língua portuguesa, matemática e ciências. A iniciativa também promoveu a valorização dos conhecimentos tradicionais, com rodas de conversa sobre medicina caseira envolvendo as mães dos alunos.
A participação na feira nacional foi viabilizada por uma premiação da Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap) 2024, evento anual promovido pelo Governo do Estado, que também custeou as passagens aéreas da comitiva. Segundo o professor Clodoaldo Costa, o incentivo à pesquisa no cotidiano da rede estadual e o apoio recebido para a feira foi imprescindível para o sucesso do projeto.

“Nossas crianças foram muito elogiadas pelos visitantes e avaliadores, tanto pelo conhecimento a respeito do projeto quanto pelo desempenho durante as apresentações. Certamente, representaram muitíssimo bem o estado do Amapá. Daí a importância de apoiar as escolas para trabalhar a iniciação científica, tendo em vista a relevância da pesquisa na promoção da aprendizagem ativa e construção mais significativa de conhecimentos”, enfatizou Clodoaldo.
Ainda em Fortaleza, o projeto amapaense foi credenciado para a Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), que será realizada em Recife (PE), em outubro deste ano, com todas as despesas de hospedagem e alimentação inclusas.

“Participar de um evento como esse foi uma experiência riquíssima. Conhecer lugares e pessoas de diferentes países, além de novos projetos de pesquisa com ideias para melhorar a vida das pessoas, favorece novas aprendizagens e marcam especialmente a vidas dos nossos alunos. Ademais, dá mais visibilidade às práticas educativas desenvolvidas nas escolas públicas estaduais, principalmente as que estão direcionadas à iniciação científica nos anos iniciais do ensino fundamental”, completa o professor orientador.
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