Ação integrada das polícias Civil e Federal prende 153 pessoas no Amapá e outras 17 em oito estados do Brasil
'Operação Harpia III', é de âmbito nacional e objetiva dar cumprimento aos mandados expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).

Nesta segunda-feira, 19, aconteceu a terceira fase da "Operação Harpia", em uma ação conjunta entre as polícias Civil (PC) e Federal (PF). A ação efetuou 170 prisões, sendo 153 no Amapá, e o restante, 17, em Alagoas, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima, Amazonas, Santa Catarina e Pará.
A operação, de âmbito nacional, objetiva dar cumprimento aos decretos de prisão definitiva expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap). Nesta edição foram cumpridos mandados de crimes letais violentos, como homicídios, além de estupro de vulnerável, furto, posse de arma de fogo, estelionato, entre outros.
O trabalho operacional segue o Plano de Governo da gestão, que prioriza a integração entre as forças de segurança do estado, assim como a junção de esforços contra a criminalidade também com as entidades de segurança federais.

"Em menos de um ano, com as três edições da Harpia, mais de 400 pessoas, que estavam com mandados de prisão em aberto, pendentes de cumprimento, foram presas. Esse é um resultado exitoso, em razão do comprometimento de todas as equipes da Polícia Civil e da Polícia Federal na busca por esses alvos que já foram condenados, e estão pendentes perante a Justiça. Ressaltamos que o êxito na missão hoje, é o reflexo também dos investimentos realizados na Segurança Pública do Amapá, o que proporciona um trabalho mais efetivo ao cidadão amapaense", explicou o delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Cezar Vieira.

Fases da Harpia
Na primeira edição da Operação Harpia, deflagrada em agosto de 2024, foram presas 87 pessoas, sendo 81 no Amapá, o restante das ações aconteceu em em outras unidades da Federação.
A segunda edição, Harpia II, aconteceu em novembro do ano passado com 144 prisões no total. Somente no Amapá foram 136 detenções. Na Harpia II, uma das pessoas detidas na Guiana Francesa estava em alerta vermelho, procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), por tráfico internacional de drogas.
Para a Polícia Federal (PF), as ações integradas são ferramentas relevantes para o combate a diversos crimes no estado, principalmente às facções criminosas que fomentam os homicídios e o tráfico de drogas. O delegado da PF, João Paulo Bastos, classifica a Harpia III como uma das diligências policiais mais bem sucedidas a favor da Justiça e da sociedade.

"A integração das polícias é fundamental para o êxito. A Polícia Federal e a Polícia Civil já têm trabalhado há algum tempo de forma integrada, com troca de informações e também união no momento da execução das medidas. A operação 'Harpia III' é mais uma ação muito exitosa em que, cada delegacia com seus policiais estiveram dedicados para realizar essas prisões e fazer cumprir a Lei e a Justiça", destacou Bastos.
Destaques
Durante a Operação Harpia III, alguns casos ganharam destaque durante o processo de investigação e prisão. Em um deles, um homem de 37 anos, condenado judicialmente por estupro de vulnerável foi preso em Joinville (SC). O homem foi condenado pela Justiça amapaense por estuprar uma menina de 13 anos de idade em um motel localizado na área central de Macapá em fevereiro de 2018. Com a condenação, o criminoso não compareceu para o cumprimento de pena.
O trabalho de investigação durou cerca de três meses e envolveu ferramentas de inteligência artificial e operações de campanas dos policiais nos eventuais endereços do condenado. O homem usava nomes diferentes em suas redes sociais e realizou vários procedimentos estéticos para mudar a face.
A ação contou com um trabalho integrado entre a Delegacia de Combate a Estelionatos de Joinville e do Núcleo de Capturas da Polícia Civil do Amapá, o Grupo de Capturas da Polícia Federal e da 8ª Delegacia de Polícia de Macapá.
Em outra situação, um homem de 39 anos foi capturado no Amazonas. Ele estava foragido há cerca de 10 anos com uma longa ficha criminal, de acordo com as apurações policiais, respondendo pelos crimes de homicídio, roubo e furto no estado do Amapá. Segundo o delegado Leandro Leite, titular da Delegacia Especializada nos Crimes contra o Patrimônio da PC-AP, o homem, após fugir do sistema prisional, foi para o Amazonas e lá conseguiu uma CNH com um nome falso. Através da troca de informações entre as polícias civis do Amapá, Amazonas e do Grupo de Capturas da PF, ele foi preso.

"Nesta edição da 'Harpia' batemos o recorde de prisões fora do Estado comparada com as fases I e II, que somadas as detenções ao longo dos três meses passados, com mais de 150 pessoas detidas, totalizamos as 170 prisões apresentadas neste balanço da 'Harpia III", destacou Leite.
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