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‘Plano vai desenvolver e gerar oportunidades’, diz agricultor na Oficina de Sociobioeconomia realizada pelo Governo do Amapá

Biraci de Assunção Amaral, de 48 anos, é presidente de uma Associação Extrativista, no município de Pedra Branca do Amapari.

Por Alexandra Flexa
15/05/2025 13h23
Biraci Amaral, agricultor e presidente de Associação Extrativista de Pedra Branca do Amapari

Em busca de fortalecer o potencial de produtos locais para o desenvolvimento sustentável e apresentar ao mercado investidor suas oportunidades, o Governo do Amapá avança na fase de finalização do Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia. Na terça-feira,13, a "Oficina de Trabalho" de finalização do projeto reuniu representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva, desde o pequeno agricultor familiar, povos tradicionais, ao empresarial.

Entre os participantes, o agricultor Biraci Amaral, de 48 anos, presidente da Associação Extrativista do município de Pedra Branca do Amapari, afirma que o projeto é a oportunidade que faltava para geração de renda e o crescimento da produção no campo.

“O Plano de Sociobioeconomia é excelente, gostei muito do que foi trabalhado aqui, vai desenvolver e gerar muitas oportunidades, renda e emprego em todos os setores, inclusive na produção rural e, isso, nos deixa muito otimistas daqui pra frente. A nossa biodiversidade é rica e com a bioeconomia ganha não só Amapá, mas também o mundo com os resultados positivos”, declara Amaral. 

Oficina de construção do Plano de Sociobioeconomia do Amapá

Para o empresário de bioeconomia, um dos pioneiros no estado, João Alberto Capiberibe, ex-governador e ex-senador do Amapá, no momento em que se vive as emergências climáticas é fundamental que o desenvolvimento transite para outro modelo econômico.

“A Amazônia que já vem sofrendo com as emergências climáticas precisa mudar seu padrão de consumo e de produção, é preciso mudar para uma economia de baixo carbono que dialogue e conheça a floresta. Um Plano de Desenvolvimento de Bioeconomia como esse pode fazer com o que o Amapá embarque definitivamente nessas cadeias de valores, agregando os produtos locais, conhecimento, tecnologia e o saber fazer das nossas comunidades. Bioeconomia é sinônimo de floresta em pé”, enfatizou Capiberibe.

João Alberto Capiberibe, empresário da bioeconomia, ex-senador e ex-governador do Amapá

Com um grande potencial econômico e atrativo para investidores interessados no chamado negócios verdes, o Plano fará parte das apresentações do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a “COP da Amazônia”, que será realizada em novembro, em Belém do Pará.

“Sob o comando do governador Clécio Luís, o Plano está sendo construído numa base sólida observando as cadeias produtivas que são predominantes em nosso estado. O projeto apresenta as potencialidades do Amapá e sua bioeconomia para o mercado investidor”, destacou a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça. 

Taisa Mendonça, secretária de Estado do Meio Ambiente

A consultora técnica do Plano de Sociobioeconomia, professora Cláudia Chelala, enfatiza que o Estado do Amapá vive um momento singular de fortalecimento de suas cadeias produtivas da bioeconomia.

“Estamos com o envolvimento direto das comunidades diretamente interessadas, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e agricultores. E, neste contexto, em que se pensa na verticalização da cadeia produtiva com assistência técnica e capacitação dos agentes envolvidos, passamos a fortalecer cada vez mais esse potencial existente no estado”, explicou a consultora.

Cláudia Chelala, consultora técnica do Plano de Sociobioeconomia

Para a conclusão do projeto, ainda serão realizadas mais duas oficinas nos municípios de Oiapoque e Laranjal do Jari.

O Plano de Sociobioeconomia

O Plano já passou pela fase de diagnóstico, escuta ativa da população de forma geral, identificação e mapeamento das cadeias produtivas e o potencial econômico desses produtos locais. O projeto conta com a participação de 10 órgãos estaduais e o apoio da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e do Centro Internacional de Agricultura Tropical.

O projeto está alicerçado em uma gestão participativa, que envolve instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil e atores sociais diversos, fortalecendo a democracia ambiental com práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento econômico e social do Amapá. Além de preparar o estado para a transição ecológica mundial.

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