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SAÚDE DA MULHER

'Importante para raciocinar sobre nossas ações', diz enfermeira em roda de conversa sobre enfrentamento da violência obstétrica

Ação promovida pelo Hospital da Mulher Mãe Luzia e Ministério Público dialogou sobre atividades de escuta, acolhimento e desenvolvimento de estratégias efetivas do pré ao pós-parto.

Por Lorena Lima
10/05/2025 14h34
Edicleuce Félix, enfermeira da Maternidade Mãe Luzia

Para aumentar a qualidade da assistência a mulheres atendidas nas unidades de saúde, o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), em parceria com as maternidades de Macapá, recebeu o Ministério Público do Amapá (MP-AP) na quinta-feira, 8, para uma conversa sobre estratégias de enfrentamento à violência obstétrica.

A iniciativa da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MP e da Secretaria da Saúde (Sesa) levou para as médicas, enfermeiras, psicólogas e fisioterapeutas, atividades de escuta, acolhimento e desenvolvimento de estratégias efetivas para combater novos casos do pré ao pós-parto. Uma das pessoas que participou do momento de aprendizado foi a enfermeira e coordenadora da qualidade na área da Neonatologia, Edicleuce Félix, que falou do sentimento ao fazer parte da ação.

“O projeto de esclarecer o que é violência obstétrica partiu de uma necessidade. Com isso, percebemos que a violência vai muito além da fala e do cuidado direto, mas faz parte de uma repercussão estrutural e psicológica, pois ela pode ocorrer nos detalhes. Então, é importante a gente falar sobre essa pauta para conseguir diariamente raciocinar sobre nossas ações”, disse Edicleuce.

Círculo de prática de justiça restaurativa para compartilhamento de vivências trabalhando na saúde

Quem também achou a iniciativa proveitosa foi a administradora do Hospital da Mulher Mãe Luzia, Tayla Rabelo. Em 2016, o profissional foi acolhida na unidade de saúde para ter o filho, Lucas Mateus, que hoje está com 9 anos. Ela pontuou que as lições aprendidas na roda de conversa poderão ser aplicadas no dia a dia.

“Aprender tudo isso nos sensibiliza todo dia a dar um bom atendimento para nossas pacientes. E por mais que exista muita empatia, ocorrem situações imprevistas e desafiadoras no Hospital. Tentamos de todas as formas melhorar nossa conduta e sempre encontrar uma válvula de escape entre as profissionais, para assim superar desafios e garantir um bom atendimento. Eu tive um bebê prematuro com apenas 35 semanas aqui e não foi fácil. Volto agora com um olhar diferente, mais sensível, já sei como é ser paciente e como devo agir sendo servidora do hospital”, revelou a administradora Tayla.

Tayla Rabelo, administradora da Maternidade Mãe Luzia

Zero Violência Obstétrica

O Ministério Público do Amapá, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado, está em atividades com rodas de conversa nas maternidades para prevenir, educar e conscientizar sobre a violência obstétrica, abordando como existem diferentes formas de ferir a integridade de mulheres grávidas atendidas nos hospitais durante todo o processo do parto.

Como violência obstétrica, podem ser incluídos casos de lesões durante procedimentos e proibição de acompanhantes.

No círculo de práticas de justiça restaurativa no HMML, as profissionais de saúde puderam trocar experiências e saberes para desenvolverem, junto do MP, resoluções e estratégias de combate e redução dos casos de violação da integridade de mulheres em parto nos hospitais.

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ÁREA: Saúde