‘Somos a base da bioeconomia e temos orgulho disso', diz artesã durante encontro que tratou da comercialização legal do cipó-titica do Amapá
Lucilene Farias, de 61 anos, moradora de Porto Grande, trabalha com a produção artesanal de artigos feitos a partir da raiz. Ela participou do encontro do Governo do Estado sobre manejo sustentável.

Empenhado em fortalecer a bioeconomia no estado, o Governo do Amapá reuniu com o setor público, extrativistas e privados do Rio de Janeiro para tratar do manejo e comercialização legal do cipó-titica. O incentivo ao desenvolvimento sustentável projeta o estado na rota comercial com grande potencial econômico no mercado, além de promover geração de renda para os povos tradicionais. Entre os participantes, estava Lucilene Farias, de 61 anos, moradora de Porto Grande, que trabalha com a produção artesanal de artigos feitos a partir da raiz.
"Nós somos a base da bioeconomia e sentimos muito orgulho disso. É o que precisamos, de mais oportunidades para mostrar o nosso trabalho, desenvolver nossa região trabalhando legalizados para dar uma vida digna para nossas famílias, proteger a nossa natureza para outras gerações, assim todos nós somos beneficiados", celebrou a artesã.
O cipó-titica, é uma raiz usada na produção de mobílias finas, e objetos de decoração artesanal. O Amapá, possui a matéria-prima de melhor qualidade em termos de resistência, flexibilidade e durabilidade, características que o destacam como o estado que possui o melhor produto de grande valor comercial.
Elaborado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o novo Código de Governança Socioambiental reforça o compromisso e estímulo de atividades produtivas sustentáveis para manter a floresta em pé, com atenção especial e prioritária aos povos originários e comunidades tradicionais.

A presidente da Associação de Extrativistas da Região de Cupixi em Porto Grande, Ediana Farias, afirma que a instituição possui cerca de 150 associados que possuem áreas fundiárias aptas para exploração legal da raiz.
“Cerca de 80% dos extrativistas da nossa Associação possuem áreas fundiárias que podem trabalhar o manejo legal de exploração do cipó-titica. Esse era um momento muito esperado de grande comemoração para todos que aguardavam essa oportunidade”, comemorou Ediana.
As iniciativas norteiam ações benéficas para o meio ambiente e para quem vive sob a floresta promovendo, sobretudo, desenvolvimento e dignidade. A partir da resolução nº 061/2023 que autoriza de forma legal o manejo do cipó-titica, o Governo do Estado visa ampliar a atividade econômica que aliada a sustentabilidade mantém a floresta em pé e promove qualidade de vida para os povos tradicionais.
O encontro que iniciou as tratativas de exploração legal, sob a coordenação da Sema reuniu com a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), responsável pela pesquisa; Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Prefeitura de Porto Grande; Associação Extrativista da Região do Cupixi e setor empresarial do Rio de Janeiro.

Manejo sustentável
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), vai emitir uma portaria com instruções acerca da aplicação da legislação e da resolução que regulamenta a exploração legal do cipó-titica.
E, para orientar o setor extrativista, a Embrapa vai construir uma cartilha com informações sobre práticas de manejo do cipó-titica com dados sobre a botânica da planta, crescimento, reprodução, sementes, frutos e a dinâmica de extração para comercialização.
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