Amapá reforça importância de vacinas durante I Seminário Estadual de Imunização

Evento ocorreu em auditório da Unifap

O Governo do Amapá promoveu nesta sexta-feira, 14, no auditório do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amapá (Unifap), o I Seminário Estadual de imunização, coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS).

O evento teve como propostas sensibilizar o público sobre a importância da vacinação para a eliminação e controle das doenças imunopreveníveis (aquelas que podem ser prevenidas por meio de vacinas) e o papel que eles exercem na reconquista das altas coberturas vacinais.

Com o tema “Fortalecimento da Ações de Imunizações no Estado do Amapá”, o encontro reuniu gestores da saúde dos municípios, coordenadores de imunização, de vigilância em saúde e agentes comunitários de saúde.

De acordo com a superintendente da SVS, Margarete Gomes, o Ministério da Saúde enumera várias razões para explicar a queda na baixa cobertura vacinal no país, e o Amapá tem realidade semelhante a de outros estados.

“Os motivos vão da percepção enganosa de parte da população de que não é preciso vacinar porque as doenças desapareceram, o desconhecimento de quais são os imunizantes que integram o calendário nacional de vacinação e o medo de que as vacinas causem reações prejudiciais”, explica a superintendente.

A técnica em enfermagem, Vânia de Lourdes, trabalha há 17 anos como vacinadora, e ressalta que os efeitos negativos das campanhas antivacinas nas redes sociais refletem no comportamento de algumas pessoas em temer as vacinas.

“Já ouvi histórias aqui de pessoas que têm medo de morrer em consequência da imunização por meio das vacinas, ou de adquirir alguma doença autoimune, ou sequelas permanentes, ou da falsa segurança de já estar imunizado”, conclui Vânia.

A coordenadora Estadual de Imunizações da SVS, Maria Angélica Oliveira, ressalta que as vacinas tríplice viral, que previnem contra o sarampo, caxumba e rubéola, e a pólio, que protege contra a paralisia infantil, ainda apresentam baixa cobertura no Amapá, apesar dos riscos de reintrodução das doenças no país.

“Precisamos mudar este cenário, nossas campanhas de conscientização da importância das vacinas foram reforçadas e pedimos que a população atenda nossos chamados. A medida visa principalmente evitar uma reintrodução da póliomielite no país e um novo avanço do sarampo, doença que foi reintroduzida com casos inclusive em nosso estado”, destaca Angélica.

O Ministério da Saúde estabelece meta 95% de cobertura vacinal em todos os estados. Nos últimos três anos, o Amapá não atingiu o patamar, apesar das intensas campanhas. Nos primeiros meses de 2023, em Macapá, 60% das crianças receberam a BCG (proteção contra formas graves de tuberculose), 41,29% se imunizaram contra a poliomielite e 56% foram imunizadas com a tríplice viral D1.

Em Santana, o segundo maior município do estado, a cobertura vacinal para a BCG foi de 14,39%, poliomielite 49,91% e tríplice viral D1 foi de 81,24%. Em Laranjal do Jari, os percentuais da BCG foram de 76,79%, poliomielite 57,14% e tríplice viral D1 de 44,64%.

As vacinas são importantes para prevenir doenças e salvar vidas. Dessa forma, é necessário manter campanhas e a rotina de vacinação para que a sociedade tenha em mente sobre o quanto o cartão de vacinação atualizado é importante para prevenir o retorno de doenças erradicadas.

Veja a lista de vacinas disponíveis gratuitamente no Amapá:

* BCG
* Hepatite A
* Hepatite B
* Penta (DTP/Hib/Hep. B)
* Pneumocócica 10 valente
* Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
* Vacina Oral Poliomielite (VOP)
* Vacina Rotavírus Humano (VRH)
* Meningocócica C (conjugada)
* Febre amarela
* Tríplice viral
* Tetraviral
* DTP (tríplice bacteriana)
* Varicela
* HPV quadrivalente
* dT (dupla adulto)
* dTpa (DTP adulto)
* Menigocócica ACWY

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