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Central do Marabaixo apresenta cultura e história das comunidades negras para amapaenses e turistas

Novo ambiente foi lançado pelo Governo do Amapá na abertura do Ciclo do Marabaixo 2023, que segue até este domingo, 2.

Por Weverton Façanha
02/04/2023 00h18

Barracões reúnem história, cultura e tradição afro-amapaense

Amapaenses e visitantes podem conhecer mais sobre a história da maior expressão cultural das comunidades negras do Amapá na Central do Marabaixo. O espaço, instalado no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, até este domingo, 2, reúne elementos como artefatos religiosos, fotos históricas, roupas tradicionais, como a saia florida, e degustação do cozidão e da gengibirra, bebida à base de gengibre.

O novo ambiente foi lançado na abertura do Ciclo do Marabaixo 2023, com apoio do Governo do Estado. A Central é organizada pelos barracões dos grupos que tradicionalmente organizam os festejos para manter viva a história e apresentar a tradição a quem ainda não conhece o marabaixo.

Uma dessas pessoas é a professora Alessandra Andrade, paraense que mora no Amapá há mais de 20 anos e teve a oportunidade de conhecer parte da história e cultura do estado que escolheu para morar.

“Nós escutamos e falamos tanto sobre o marabaixo, mas em nenhum momento acompanhei a festa. Agora, pela primeira vez, estou aqui e a Central do Marabaixo para mim é uma verdadeira aula, pois, estou aprendendo mais sobre as roupas, os instrumentos e a famosa gengibirra”, destacou.

Com uma grande movimentação nas áreas dos barracões foi possível encontrar pessoas de todas as idades e com interesse em conhecer mais sobre a expressão cultural.

A acadêmica de enfermagem Karen Cristina, 23 anos, gosta de acompanhar os movimentos culturais principalmente, os que retratam resistência e fé.

“Não tenho ligações familiares com o marabaixo, mas sempre estou presente nos festejos e adoro a gengibirra. Me identifico com essa festa, com a dança e as vestimentas”, declarou.

Com um andar mais lento e olhos atentos aos detalhes, o técnico em agropecuária Renilson Ferreira, que foi até o local por uma opção de passeio, ficou encantado com a arte e colorido das roupas e bandeiras.

"Resolvi sair um pouco de casa e vim para ver a festa, mas estou impressionado com a riqueza cultural e agora pretendo saber mais sobre o marabaixo”, enfatizou.

A marabaixeira Valdinete Costa conta que a Central do Marabaixo é um espaço que permite que cada barracão conte um pouco da sua história através de imagens e elementos.

"Os barracões são locais onde concentramos os afazeres para a festa em cada localidade e também servem como ponto de encontro para distribuir bebida e comida. É uma tradição tanto nas festas de matriz africana como em comemorações católicas, pois sempre há comunidades ou promesseiros que se deslocam de lugares mais distantes para participar dos festejos”, explicou Valdinete.

Ciclo do Marabaixo 2023
O Governo do Amapá apoia o Ciclo do Marabaixo 2023. A abertura do evento acontece no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

Confira a programação deste domingo, 2:

  • 18h – Estande de Exposição das cinco Casas/Barracões que realizam o Ciclo do Marabaixo
    Degustação da Culinária e Bebida Tradicional;
    Feira de Afro-Empreendedora e Quilombola;
    Exposição do Museu do Negro.

  • 18h30 – Roda de Capoeira/ Sementes da Capoeira Regional

  • 19h – Encontro das Bandeiras

  • 19h30 – Apresentações Culturais:
    Grupo de Marabaixo São José do Matafome;
    Grupo Mojap;
    Grupo de Marabaixo Manoel Felipe;
    Grupo de Marabaixo São João do Matapi;
    Grupo Herdeiros da Tradição;
    Grupo de Marabaixo Berço da Favela;
    Azebic.

  • 23h – Show: Verônica dos Tambores

 

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