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PROTAGONISMO ESTUDANTIL

Estudantes do Amapá apresentam projetos científicos inovadores durante a 13ª Feira de Ciências e Engenharia, em Macapá

Com criatividade e materiais acessíveis, jovens pesquisadores desenvolvem soluções que dialogam com educação, sustentabilidade e tecnologia. 13ª Feceap segue até sábado, 26, no Garden Shopping.

Por Marcio Bezerra
25/09/2025 10h23
Estudantes demonstraram habilidade e criatividade nos projetos apresentados na XIII Feceap

A criatividade de estudantes pesquisadores aflorou na 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap), iniciada na terça-feira, 23, no Garden Shopping, em Macapá. Projetos científicos criados com materiais simples e recicláveis chamam a atenção dos visitantes. 

A feira envolve estudantes do ensino fundamental até o superior, que apresentam soluções práticas e sustentáveis que podem beneficiar a sociedade. Um exemplo disso é o projeto das pesquisadoras Janielly Santos, 15 anos, e Kauany de Sousa, 16 anos, 'Enem Game Show - Passa ou Repassa do Conhecimento', inspirado no famoso programa de televisão apresentado por Celso Portiolli.

PProjetos científicos criados com materiais simples e recicláveis chamam a atenção dos visitantes

No estande das estudantes da Escola Estadual Elias de Freitas Trajano de Souza, de Porto Grande, o protótipo transforma revisões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em um jogo de perguntas interdisciplinares. 

“O nosso jogo surgiu com a ideia de tornar os estudos mais divertidos e atrativos para os estudantes do ensino médio, principalmente para quem está se preparando para o Enem”, explica Janielly.

Janielly Santos, 15 anos, e Kauany de Sousa, 16 anos, expoêm o projeto ’Enem Game Show'

Ela detalha a dinâmica: cartas com perguntas retiradas de provas anteriores, campainhas, sinais sonoros e desafios bônus, mímica, desenho ou perguntas-relâmpago, que garantem pontos extras. 

“A resposta do grupo tem até 30 segundos. A pontuação correta vale 10 pontos; se a pergunta passar para o outro time, vale 5”, completa Kauany.

Segundo as autoras, o projeto também dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 4 (Educação de Qualidade) e ODS 10 (Redução das Desigualdades), pois foi pensado para ser aplicado em escolas públicas com materiais de baixo custo, como restos de alvenaria e componentes de lixo eletrônico.

Feira envolve estudantes do ensino fundamental até o superior

Outra proposta que chamou a atenção utiliza um recurso comumente descartado, a água condensada por centrais de ar-condicionado. As estudantes Kemylly Amoras e Kamily Pimentel, do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Vidal de Negreiros, do município de Amapá, apresentaram um sistema de reaproveitamento que une fermentação seguida de filtragem em camadas (algodão, carvão ativado, areia e pequenas pedras). 

“O nosso projeto tem como objetivo mostrar que a água reutilizada das centrais de ar pode ser reaproveitada de forma racional. Após o processo de filtragem, ela pode ser utilizada na limpeza de pisos, na irrigação de jardins e na manutenção do espaço escolar”, descrevem as estudantes. 

Estudantes Kemylly Amoras e Kamily Pimentel

No campo da dessalinização e energia, a estudante Ana Beatriz, 16 anos, da Escola Estadual Augusto Antunes, de Macapá, apresentou um dessalinizador de baixo custo que também gera energia, voltado às comunidades ribeirinhas e isoladas. 

“A ideia veio a partir da necessidade que percebemos em comunidades afastadas, como o Arquipélago do Bailique, onde o acesso à água potável e energia é limitado”, conta Ana Beatriz. 

Ana Beatriz, 16 anos, da Escola Estadual Augusto Antunes, de Macapá

O protótipo funciona por evaporação e condensação, concentrando a luz solar em uma caixa projetada para maximizar a temperatura interna. 

“Durante cerca de 12 horas do dia, a água passa pelo processo de evaporação e condensação”, detalha a aluna, ressaltando o caráter sustentável e de baixo custo do equipamento.

Projeto de desanilização e geração de energia, desenvolvido pela estudante Ana Beatriz

13ª Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap)

Com o objetivo de incentivar a pesquisa escolar, promover intercâmbio científico, estimular a criatividade e integrar escola e comunidade, o Governo do Amapá realiza até 26 de setembro, a 13ª Feceap, considerada a maior feira do gênero científico, que envolve estudantes do ensino fundamental até o superior. Este ano, conta com a participação de outros estados e até do México.

Como forma de incentivo, os melhores projetos científicos serão premiados com medalhas, certificados e valores em dinheiro pelo Prêmio Jovem Cientista 'Roberto França', que varia de R$ 4 mil a R$ 7,3 mil por categoria. Os vencedores podem conquistar credenciais para participar de feiras nacionais e internacionais, como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic) e Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic).

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ÁREA: Educação
TAGS: Feceap